Natália Bonavides: governo Bolsonaro usou a Abin para ‘ajudar’ na defesa de Flávio Bolsonaro

A Abin teria produzido ao menos dois relatórios orientando a defesa do filho do presidente

Foto: Jane de Araújo/Agência Senado
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A deputada federal Natália Bonavides (PT-RN), autora da petição que gerou a investigação sobre o envolvimento da Agência Brasileiro de Inteligência (Abin) e do governo Jair Bolsonaro (Sem Partido) na defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) afirmou em entrevista à Fórum ser escandalosa a situação.

“Eles Usaram a agência para 'ajudar' na defesa do senador como se fossem detetives particulares. Essa investigação é essencial e o depoimento das advogadas irá fundamentar o inquérito", pontuou Bonavides.

As advogadas Luciana Pires e Juliana Bierrenbach, que fazem a defesa do senador, foram intimadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) a depor no dia 13 de abril na investigação.

A investigação de Natália Bonavides foi aberta após reportagem da revista Época, da Globo, denunciar que a Abin teria produzido ao menos dois relatórios orientando a defesa de Flávio Bolsonaro.

Os relatórios seriam produto de arapongagem da Abin dentro da Receita Federal (RF), que é acusada pelo senador de quebra ilegal de seus dados fiscais no inquérito sobre o esquema de corrupção na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), comandado por Fabrício Queiroz.

Segundo a Época, participaram da reunião com as advogadas no dia 25 de agosto do ano passado Jair Bolsonaro, Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e Alexandre Ramagem, diretor da Abin, que é submetida ao GSI. Além da GSI e Abin, a Receita Federal e o Serpro foram mobilizados para encontrar uma prova que sustentasse a suspeita de quebra ilegal de sigilo de Flávio.