A Associação Dignidade Médica de Pernambuco, nome jurídico da Movimento Médicos Pela Vida, foi um dos alvos das quebras de sigilo determinadas pela CPI do Genocídio nesta quinta-feira (10). O grupo se mobilizou pela defesa do suposto "tratamento precoce" - terapia com drogas como hidroxicloroquina e invermectina eficácia comprovada.
“A Associação Dignidade Médica de Pernambuco é a face formal do Movimento Médicos pela Vida, que vem assumindo como sua uma campanha em favor de tratamentos inúteis e dispendiosos (dos recursos, do tempo e das estruturas administrativas do estado nacional), e colocou em questão as medidas universalmente adotadas pelos estados e governos que respeitam a ciência, e cabe-nos esclarecer quais as fontes materiais dessas campanhas que operam objetivamente contra a saúde pública”, diz o requerimento do senador Humberto Costa (PT-PE) aprovado nesta quinta. Foram quebrados os sigilos bancário e fiscal.
Em entrevista à jornalista Cynara Menezes, no Jornal da Fórum, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) afirmou que há uma "suspeita forte de que eles receberam patrocínio, financiamento, dos laboratórios e empresas ligadas a laboratórios que produziam medicamentos".
"Precisamos saber quem financiava essa entidade que, com poucos dias de funcionamento, já teve recursos para a compra de páginas em jornais de grande circulação", afirmou.
O texto do anúncio fez um apelo “à sociedade brasileira, aos colegas médicos, aos órgãos de imprensa, aos Conselhos Regionais de Medicina e ao Conselho Federal de Medicina”, pela aplicação do que eles chamam da “correta combinação de medicamentos como a hidroxicloroquina, a invermecticina, a bromaxina”, entre outros medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19.
Confira a entrevista do senador Rogério Carvalho; o trecho sobre as quebras de sigilo começa às 1h03:
Com informações do Senado Notícias e do Blog do Jamildo