Empresário que recebeu PF a tiros em Manaus é preso; caso é citado no STJ

"Foi a primeira vez que eu, em 30 anos, vi ocorrer, alguém receber numa busca e apreensão. […] Foi uma situação muito suis generis, nunca tinha visto acontecer”, afirmou a subprocuradora Lindôra Araújo em sessão do STJ

Nilton da Costa Lins Júnior, presidente da mantenedora da Universidade Nilton Lins (Reprodução/Universidade Nilton Lins)
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Após receber a Polícia Federal a tiros e tentar se refugicar no Consulado da Suécia em Manaus, o empresário Nilton Costa Lins Junior foi preso por agente da corporação nesta quarta-feira (2).

O caso foi citado pela subprocuradora da República Lindôra Maria Araújo em sessão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

“Só queria deixar isso comunicado tendo em vista que foi uma operação de busca e apreensão e também prisões porque ocorreu pela manhã e houve um tiroteio. Foi a primeira vez que eu, em 30 anos, vi ocorrer, alguém receber numa busca e apreensão. […] Foi uma situação muito suis generis, nunca tinha visto acontecer”, afirmou a subprocuradora.

O advogado do empresário disse que Nilton Lins atirou para cima como sinal de advertência porque a família foi alvo de um assalto em outubro do ano passado. Na época, bandidos fizeram a família refém e o empresário pensou que se tratava de novo assalto a sua casa.

Nilton Lins é pai das gêmeas Isabelle e Gabrielle Kirk Lins, que foram nomeadas para cargos públicos pelo prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), para furar a fila da vacinação contra a Covid-19.

Ele é um dos alvos da operação Sangria tem como alvo toda a alta cúpula do governo estadual do Amazonas. São 19 mandados de busca e apreensão e 6 prisões temporárias nas cidades de Manaus (AM) e Porto Alegre (RS), além do sequestro de bens e valores que, somados chegam a quantia de R$ 22.837.552,24.