Na CPI, Randolfe atualiza relação de Bolsonaro com a Pfizer: 81 e-mails desde 2020, "mais de 90% sem resposta"

Levantamento anterior apontava para "apenas" 53 e-mails ignorados

Aziz e Randolfe - Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
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O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI do Genocídio e líder da Oposição no Senado Federal, apresentou nesta quarta-feira (9) uma nova relação com todos os e-mails enviados pela empresa Pfizer ao governo Jair Bolsonaro desde o início da pandemia sobre vacinação contra a Covid-19.

O número foi apresentado durante depoimento do coronel Élcio Franco, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde na gestão Pazuello. Levantamento feito pelo senador na última sexta-feira (4) contabilizava 53 mensagens ignoradas.

Segundo o senador, foram 81 correspondências enviadas ao presidente e ao Ministério da Saúde, sendo 90% delas ignoradas pelos gestores da pasta e por Bolsonaro. O primeiro e-mail é datado de 27 de março e foi endereçado ao presidente. Não houve resposta.

"Foram 81 correspondências, ao que me parece, 90% sem resposta", ressaltou Randolfe.

Franco minimizou os números dizendo que parte desses e-mails seriam respostas a demandas do próprio ministério e que a Pfizer "mandava e-mails repetidos com o mesmo conteúdo que eles mandavam 4 a 5 vezes no mesmo dia".