Preso por fraude, Steve Bannon diz que "Lula é o esquerdista mais perigoso do mundo”

Guru da extrema direita dos EUA, responsável pelos delírios ideológicos do ex-presidente norte-americano e da família Bolsonaro, chamou o rebento 03 do líder brasileiro de “terceiro filho de Trump nos trópicos”

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Steve Bannon, ex-estrategista e consultor informal para assuntos ideológicos de Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (10), num encontro entre lideranças radicais ultraconservadoras, que “Bolsonaro enfrentará o esquerdista mais perigoso do mundo, Lula”. O guru extremista já foi preso em seu país por fraude, em agosto de 2020, e precisou pagar US$ 5 milhões de fiança para não ficar atrás das grades.

O evento, realizado no Estado da Dakota do Sul, um dos maiores redutos eleitorais de Trump, foi organizado pelo empresário Mike Lindell, apontado como um dos maiores financiadores e divulgadores de teorias conspiratórias durante a gestão do ex-presidente republicano, derrotado pelo democrata Joe Biden quando disputava a reeleição, no ano passado.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) participou do encontro e foi reverenciado por figuras da extrema direita norte-americana, sendo chamado inclusive por Bannon de “terceiro filho de Trump nos trópicos”. O parlamentar brasileiro sequer compareceu a Brasília na noite em que o projeto sobre o voto impresso foi votado e definitivamente enterrado no plenário da Casa. A iniciativa era uma das principais bandeiras de seu pai e dos setores mais radicais do bolsonarismo.

O filho 03, como é chamado por seu pai, o presidente da República, voltou a insistir na tese de fraude nas eleições e repetiu a já batida cantilena de que é necessário a impressão dos votos para que o pleito possa ser auditado, ignorando o fato de que isso já é possível e assegurado pelo modelo eletrônico atual.

A presença de Eduardo Bolsonaro nestes eventos de radicais e extremistas vem causando embaraços à diplomacia brasileira, que se esforça para se aproximar da administração Biden depois que a família presidencial recusou-se a aceitar o resultado da eleição nos EUA, mantendo-se fiel às estripulias desmedidas de Donald Trump, que insuflou seus seguidores a invadir o Capitólio em janeiro deste ano, deixando um rastro de destruição em Washington. A tentativa frustrada de golpe por parte dos trumpistas resultou em quatro mortos.