Preso por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em razão de inúmeras manifestações golpistas, o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, está sendo levado na tarde desta sexta-feira (13) ao presídio de Bangu 8, no Rio de Janeiro.
Segundo informações da CNN Brasil e da GloboNews, o ex-deputado bolsonarista já passou pela triagem da polícia no presídio de Benfica e já foi examinado no Instituto Médico Legal (IML). O ex-parlamentar agora está sendo levado para a Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira (Bangu 8), localizada no Complexo Penitenciário de Gericinó.
Nesta mesma cadeia estão figuras relevantes da política, como Sérgio Cabral, ex-governador do Rio, e o vereador Dr. Jairinho.
Prisão
O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) foi preso preventivamente pela Polícia Federal (PF) na manhã desta sexta-feira (13) na cidade de Comendador Levy Gasparian, a cerca de 130 quilômetros do Rio de Janeiro.
A prisão foi efetuada após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Além da prisão, o ministro Alexandre de Moraes determinou o bloqueio de conteúdos postados por Jefferson em redes sociais, apreensão de armas e acesso a mídias de armazenamento.
O ex-deputado é investigado no inquérito das milícias digitais, que é uma continuidade da investigação sobre os atos antidemocráticos e que envolve ameaças de morte aos ministros da suprema corte, pedidos de fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal.
Antes de ser levado pela Polícia Federal, o ex-deputado enviou mensagem de áudio ao PTB e afirmou que o STF atua contra a “família, Deus e a liberdade” e recebe “mensalão da China”. Ele ainda disse que irá combater "ministros gays" do tribunal. Ao assinar mandado de prisão, Jefferson ainda provocou Moraes.
As milícias digitais
O inquérito da Milícia Digital investiga o funcionamento de grupos digitais voltados para ataques à democracia e aponta para a existência de uma organização criminosa que tem por fim atentar contra o Estado democrático de direito.
Segundo a investigação em curso, essa organização é dividida em três núcleos: produção, publicação de conteúdo, financiamento e político.
Há também a desconfiança de que a organização tenha recebido verba pública.
Além do ex-deputado Roberto Jefferson, são investigados assessores da presidência da República acusado de compor o chamado “Gabinete do Ódio”.
Com informações de Folha, Agência Brasil, CNN Brasil e Globonews