Michelle Bolsonaro transforma Planalto em sede clandestina de culto evangélico

Célula da Igreja Batista Atitude no imóvel público é comandada por pastor contratado pelo gabinete pessoal do presidente Jair Bolsonaro

Dependência interna do Palácio do Planalto transformada em sede de culto por Michelle Bolsonaro | Reprodução/Facebook
Escrito en POLÍTICA el

Por Paulo Motoryn, no Brasil de Fato

A Igreja Batista Atitude de Brasília, frequentada pela primeira-dama Michelle Bolsonaro, tem uma célula (Célula Bilíngue Shalom) que realiza cultos clandestinos no Palácio do Planalto, sede da Presidência da República.

Os encontros nas dependências do Executivo Federal ocorrem, pelo menos, desde janeiro de 2020 e não foram interrompidos com o advento da pandemia, em março do ano passado. Infringiram, portanto, as regras impostas pelo Governo do Distrito Federal a eventos religiosos na pandemia.

Além disso, a mesma igreja identifica em suas páginas nas redes sociais depêndencias internas do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República, como se fosse sede da "Célula Bilíngue Shalom" 

Brasil de Fato obteve dezenas de fotos que apontam a realização de pelo menos 11 cultos na sede do governo federal. Em algumas delas, a reunião de fieis conta com mais de 30 pessoas  - todas sem usar máscara -, incluindo a primeira-dama, como mostra a imagem abaixo, de dezembro do ano passado. Michelle Bolsonaro está de pé, entre o centro e a direita, usando uma camiseta roxa.

Na "Célula Bilíngue Shalom", os cultos são ministrados em voz e em libras (Linguagem Brasileira de Sinais), uma das principais bandeiras de Michelle Bolsonaro, que é presença constante nos eventos.

O pastor que comanda os trabalhos religiosos do grupo é um servidor em cargo de confiança da Secretaria-Geral da Presidência, chamado Francisco Castelo Branco. Ele é casado com a tradutora de Libras do presidente Jair Bolsonaro, Elizângela Castelo Branco (outra que tem por hábito frequentar os cultos no Planalto), e trabalhou no Gabinete Pessoal do chefe do Executivo.

Continue lendo a reportagem no Brasil de Fato