O presidente da Câmara, Artur Lira (PP-AL), receberá mais um pedido de impeachment de Jair Bolsonaro. Dessa vez, os autores são partidos da oposição, que ingressarão com mais uma solicitação de afastamento do presidente.
A justificativa para o pedido são atentado ao livre exercício dos poderes, ameaças às eleições e a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
O anúncio foi feito pelo líder da oposição na Câmara, o deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ). Ele mencionou os recentes ataques e ofensas de Bolsonaro contra Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“A oposição, diante desses ataques do presidente da República ao sistema eleitoral, à democracia, à ameaça de não realização das eleições, entrará com um novo pedido de impeachment na Câmara dos Deputados nesta semana, provavelmente ainda no dia de hoje, para mostrar que não aceitamos esse comportamento do presidente da República, da mesma forma que o TSE reagiu, da mesma forma que o Supremo Tribunal Federal reagiu, é hora do Congresso Nacional reagir”, declarou Molon, em entrevista à Globonews.
Voto impresso
O deputado ainda criticou a proposta do voto impresso, que deve ser levada à votação no plenário por Lira, mesmo depois que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) foi rejeitada em uma comissão especial.
Molon acredita que a medida foi criada por Bolsonaro somente para tumultuar o processo eleitoral. “Bolsonaro gostaria de fazer no Brasil o que (Donald) Trump fez nos Estados Unidos, tentar criar um caos em torno do processo eleitoral para evitar a consagração de sua derrota. Bolsonaro sabe que vai perder e, por isso, tenta melar as eleições”, relatou o parlamentar.