Lava Jato – CNMP marca julgamento que pode demitir 11 procuradores da Força Tarefa

Membros do MPF do Rio são acusados de divulgar dados em segredo de Justiça. Relator do caso quer a demissão

Foto: Ministério Público Federal
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O CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) colocou na pauta de julgamentos da próxima segunda-feira, 13, o começo do julgamento em plenário do processo administrativo disciplinar contra 11 procuradores da Lava Jato do Rio de Janeiro acusados por suposta quebra de sigilo na apuração sobre o envolvimento dos ex-senadores Romero Jucá e Edison Lobão num suposto esquema de propinas na usina nuclear de Angra 3.

Coube ao corregedor nacional do Ministério Público, Rinaldo Reis Lima, a abertura do processo contra os procuradores da Lava Jato que poderá acarretar na demissão dos membros do MPF, ação que já foi sugerida pelo relator do caso.

Os procuradores da Lava Jato do Rio implicados no caso são: Eduardo El Hage, Fabiana Schneider, Marisa Ferrari, José Vagos, Gabriela Câmara, Sérgio Pinel, Rodrigo Silva, Stanley Silva, Felipe Leite, Renata Baptista e Tiago Martins.

O plenário do CNMP é que dará a palavra final sobre punir ou não os procuradores. Segundo Rinaldo, sendo declarados culpados, os procuradores poderão ser suspensos de seus cargos ou até demitidos.

A Lava Jato ficou, entre tantas coisas, conhecida por criar o seu próprio estilo de “combate à corrupção”, mesmo que para isso precisasse passar por cima da ética e das leis. Mais famosa, a Lava Jato da República de Curitiba, cujos protagonistas são o ex-juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, coleciona inúmeros abusos, e serviu de modelo para outras divisões da extinta Força Tarefa, inclusive em seu modus operandi.

Com informações do Radar, da Veja