Clube Militar sofre derrota na Justiça e terá que implementar "passaporte da vacina"

Berço político de Mourão e apoiador contumaz de Bolsonaro, Clube Militar queria dispensar reservistas e sócios da apresentação de comprovante de vacinação contra a Covid-19 determinado pela prefeitura do Rio

General Eduardo José Barbosa, presidente do Clube Militar, com Bolsonaro (Reprodução)
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Apoiador contumaz de Jair Bolsonaro (Sem partido) e berço político do vice-presidente, general Hamilton Mourão (PRTB), o Clube Militar do Rio de Janeiro sofreu uma derrota na Justiça e terá de cobrar dos sócios uma espécie de "passaporte da vacina" para acesso às dependências da agremiação, divididas entre um prédio histórico no centro e a sede esportiva, no bairro Jardim Botânico, em frente à Lagoa Rodrigo de Freitas.

"Vimos pelo presente comunicar ao nosso estimado Quadro Social que, referente ao cumprimento do Decreto Rio Nº 49.335, de 26 de agosto de 2021, da Prefeitura do Rio de Janeiro, a tutela antecipada requerida pelo Clube Militar foi indeferida pela Juíza Alessandra Cristina Tufvesson na data de ontem", diz nota divulgada pelo Clube nesta quarta-feira (15).

Na decisão, a magistrada rejeitou o pedido do clube para que não exigisse dos reservistas o comprovante de vacinação contra a Covid-19, contrariando o decreto municipal.

"Em consequência, a partir de hoje, 15 de setembro, em cumprimento ao referido Decreto, para ter acesso ao Clube, será necessária a apresentação do comprovante de vacinação de todos os sócios, dependentes e convidados com idade acima de 16 anos, excetuando-se aqueles que comprovem a dispensa de vacinação contra a COVID-19", diz o texto.

Na nota, o Clube Militar diz que "pretende recorrer da decisão exarada pela Justiça".