Freixo quer Paulo Guedes na CPI após revelação de conluio entre Economia e "gabinete paralelo"

Na CPI da Covid, Bruna Morato afirmou que o gabinete paralelo agia “totalmente alinhado ao Ministério da Economia”, que que não ouviu falar no nome de Guedes. "O que eles falavam era de um alinhamento ideológico"

Paulo Guedes, ministro da Economia (Foto: Washington Costa/ASCOM/ME)
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O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), pré-candidato ao governo do Rio, defendeu nas redes sociais nesta terça-feira (28) a convocação do ministro da Economia, Paulo Guedes, para prestar depoimentos à CPI da Covid, que acontece no Senado.

Freixo sugeriu a convocação depois que a advogada Bruna Morato afirmou que a Prevent Sênior fazia parte de um “plano” do governo federal para que o país não entrasse em lockdown. A estratégia, segundo ela, foi tramada pelo chamado gabinete paralelo do Ministério da Saúde, que agia “totalmente alinhado ao Ministério da Economia”.

"A CPI da Covid tem que convocar Paulo Guedes. Bruna Morato, advogada dos médicos da Prevent Senior, deixou claro o interesse do Ministério da Economia em usar os experimentos tenebrosos da empresa para sabotar o isolamento social", tuitou Freixo.

A advogada, que trabalha na defesa de um grupo de 12 médicos que denunciou a Prevent Sênior, detalhou um “plano” do governo Jair Bolsonaro para que a economia não parasse diante da pandemia, coincidindo com as críticas do presidente contra o lockdown, feitas desde o início.

“O que eles me explicaram foi o seguinte: existe o interesse do Ministério da Economia para que o país não pare e se nós entrássemos nesse sistema de lockdown, a economia teria um abalo muito grande. Então, existia um plano para que as pessoas pudessem sair às ruas sem medo”, contou, ressaltando que "essa esperança tinha um nome: hidroxicloroquina”.

Bruna afirmou, no entanto, que em nenhum momento ouviu falar no nome de Paulo Guedes. “Na verdade o que eles falavam era de um alinhamento ideológico. A economia não podia parar e o que eles deviam fazer era isso, conceder esperança para que essas pessoas saíssem às ruas. E essa esperança tinha um nome: hidroxicloroquina”.