Após desdenhar de Moro, Joaquim Barbosa teria dito que Ciro é “um bom candidato”

O ex-ministro do STF diz que gosta de Geraldo Alckmin, mas não acredita que a vitória de Lula esteja garantida

Joaquim Barbosa (Foto: José Cruz/Agência Brasil)Créditos: Agência Brasil
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Depois de afirmar a aliados que jamais aceitaria ser candidato a vice-presidente na chapa do ex-juiz Sergio Moro (Podemos), o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, teria dito a pessoas próximas que Ciro Gomes (PDT) é “um bom candidato”.

Em suas análises a respeito do atual cenário político nacional, Barbosa, que foi relator do processo do mensalão do PT no Supremo, não crê que a vitória do ex-presidente Lula esteja praticamente garantida, mesmo com a ampla vantagem do petista em todas as pesquisas eleitorais até o momento.

O ex-ministro afirma que gosta do ex-governador Geraldo Alckmin, nome mais cotado para ser vice de Lula. Porém, acredita que no momento em que a campanha, de fato, começar o ex-presidente será muito atacado por opositores.

Em relação a Jair Bolsonaro (PL) e Moro, Barbosa nem pensa em apoiar um desses nomes, segundo informações da coluna de Igor Gadelha, no Metrópoles.

Barbosa diz que jamais aceitaria ser vice na chapa de Moro

Joaquim Barbosa chegou a ser procurado por Sergio Moro para discutir o panorama de 2022. Ele disse que iria conversar, mas avisou a aliados que jamais aceitaria ser candidato a vice-presidente do ex-juiz.

Barbosa afirmou a pessoas próximas que o desempenho eleitoral de Moro tem um “teto” que impedirá o ex-juiz de chegar ao segundo turno da disputa pelo Palácio do Planalto este ano.

O ex-ministro avalia que Moro deveria mesmo era ser candidato ao Senado, disputa na qual ele acredita que o ex-juiz teria mais chances de vitória.

O desempenho de Moro nas pesquisas é muito baixo. Barbosa acha que, para ser competitivo, ele deveria ter um percentual maior.

Barbosa também tem críticas às companhias de Moro, principalmente os militares e antigos procuradores da Lava Jato.

Para ele, com esses aliados, o ex-juiz vai “manter a sombra autoritária” e não conseguirá resolver os problemas emergenciais do Brasil, como a desigualdade e a crise entre as instituições democráticas.