Com exceção a Lula, Bolsonaro diz que não vai atacar adversários: "Não quero polemizar"

A ação é parte da estratégia de campanha de Bolsonaro, que torce para para que adversários da terceira via, como seu ex-ministro Sergio Moro, subam nas pesquisas e diminuam vantagem de Lula.

Lula, Sergio Moro e Jair Bolsonaro (Montagem: Foto 1 Ricardo Stuckert / Imagem 2 Reprodução/Instagram Sergio Moro)Créditos: oto 1 Ricardo Stuckert / Imagem 2 Reprodução/Instagram Sergio Moro
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Após colocar Lula (PT) no centro de seus ataques e até escalar o Centrão para a tarefa, Jair Bolsonaro (PL) disse nesta terça-feira (18) que não vai "polemizar" com outros candidatos.

"Olha, eu não procuro opinar porque vai ter um contra-ataque, né? Eu vou dar a oportunidade a eles, aí, em cima do que eu falar aqui, crescerem, contestarem. Eu não quero polemizar. Pretendo deixar esse debate para as eleições. Então, eu prefiro não polemizar sobre esse ou aquele pré-candidato para não causar intrigas, né? A política lamentavelmente é permeada de intrigas e de brigas. E eu pretendo fazer uma campanha mostrando o que nós fizemos e o que pretendemos fazer para o futuro", disse Bolsonaro em entrevista à "Sidy's TV", do Rio Grande do Norte.

A ação é parte da estratégia de campanha de Bolsonaro, que torce para para que adversários da terceira via, como seu ex-ministro Sergio Moro (Podemos), subam nas pesquisas de intenção de voto e diminuam a vantagem de Lula nos votos válidos.

Boa parte dos levantamentos mostram que com o atual percentual de eleitores que declaram voto branco ou nulo - ou ainda estão indecisos -, o petista venceria a disputa no primeiro turno.

Bolsonaro ainda corre contra o tempo para listar os poucos feitos de seu governo para tentar confrontar com os mandatos de Lula e Dilma Rousseff (PT), que tem sido tragada para os debates pela oposição.

"Eu creio que não vai ser uma eleição difícil para o povo brasileiro. Vocês vão poder comparar praticamente quatro anos do meu governo com 14 do PT. Lá atrás, voltado por (sic) promessas, ilusões e um governo com muita corrupção e sem perspectiva de futuro. E o nosso, a gente mostra, né? Nós temos mostrado o que tem sido feito ao longo desse tempo todo. Então não acho que vai ser difícil a população escolher em outubro quem ela quer para comandar o nosso país a partir de 2023", afirmou.