Jean Wyllys vai processar bolsonarista Carla Zambelli: “Inescrupulosa e corrupta”

A deputada foi “desmascarada publicamente sobre custeio de sua viagem internacional pra participar de manifestação antiaborto”, afirmou Jean Wyllys

Jean Wyllys (Foto: Ana Remacha)Créditos: Ana Remacha
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O jornalista, pesquisador e ex-deputado federal, Jean Wyllys (PT), usou as redes sociais para rebater ataques da deputada federal, Carla Zambelli (PSL-SP). Ele afirmou, inclusive, que vai processar a parlamentar bolsonarista.

Inescrupulosa e corrupta, a deputada bolsonarista desmascarada publicamente sobre custeio de sua viagem internacional pra participar de manifestação antiaborto decidiu mais uma vez usar o ódio contra mim como cortina de fumaça para sua vigarice. Vou processá-la de novo!”, postou Jean Wyllys.

https://twitter.com/jeanwyllys_real/status/1486506822131462146

Carla admitiu, nesta terça-feira (25), que utilizou verba pública quando foi aos Estados Unidos para participar da Marcha Nacional pela Vida, contra o aborto, realizada em Washington, no sábado (22).

A bolsonarista, que havia dito antes que viajou com recursos próprios, rebateu críticas pelo uso do recurso e alegou que a Câmara a teria enviado em missão oficial para “defender a vida” e que os questionamentos sobre as despesas são uma “desculpa esfarrapada dos apologistas da morte”.

“A Câmara enviou para outro país uma deputada em missão oficial para defender a vida desde a concepção. (…) Embora as passagens não tenham sido pagas pela Câmara, eles utilizaram as 4 diárias que recebi (como qualquer outro deputado em missão) para justificar os ataques. Desculpa esfarrapada dos apologistas da morte”, afirmou.

Juiz diz que Carla Zambelli agiu de má-fé em ação antivacina e aplica multa

No final de janeiro, Carla Zambelli teve negado o seu pedido para suspender o decreto estadual que obrigada a comprovação de vacinação contra a Covid-19 por servidores. Além de negar o pedido, o juiz Renato Augusto Pereira Maia, da 11a Vara da Fazenda Pública de São Paulo, afirmou que a deputada agiu por má-fé e classificou a peça apresentada por ela como uma “aventura jurídica malsucedida”.

Além disso, ele também determinou que ela pague a multa de cinco salários mínimos.

O juiz Renato Maia afirmou que “é incontestável a legalidade do decreto, bem como seu compasso com as decisões exaradas pelo Supremo Tribunal Federal ao julgar o tema” da vacinação. 

“A eficácia das vacinas é resultado de uma conjunção de esforços mundiais, estudos, investimentos, sendo fato incontestável sua eficácia. Negar a eficácia da vacina é negar a ciência e menosprezar o trabalho de inúmeros cientistas e pesquisadores que dedicaram horas de esforços para mitigação dos efeitos dessa pandemia, a qual, só no Brasil, matou 621 mil pessoas”, alegou o juiz.