Moro cria grupo para reforma no Judiciário; AMB diz que é inconstitucional

Moro, que se tornou crítico do Supremo Tribunal Federal (STF) após ser julgado parcial nas condenações de Lula (PT), teria escalado Joaquim Falcão para coordenar a proposta, que é criticada pela associação de magistrados

Sergio Moro no ato de filiação ao Podemos (Foto: Robert Alves / Monumental Foto /Flickr Podemos) Créditos: Flickr/Podemos
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Após mais de 20 anos aproveitando as benesses do cargo de juiz federal, Sergio Moro (Podemos) criou um grupo de trabalho para propor uma reforma no Judiciário em sua campanha ao Palácio do Planalto.

Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, Moro, que se tornou crítico do Supremo Tribunal Federal (STF) após ser julgado parcial nas condenações de Lula (PT), teria escalado Joaquim Falcão, professor de direito constitucional e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), como responsável pela coordenação do time de juristas chamados por ele para elaborar as propostas.

Segundo o ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), que deve fornecer ao Tribunal de Constas da União (TCU) os ganhos que teve na consultoria Alvarez e Marsal após deixar o governo, "há uma situação de insegurança jurídica que impacta nos investimentos". "É preciso ter um judiciário mais eficiente e menos custoso", disse.

No entanto, a própria proposição de uma reforma pelo Executivo não seria viável, segundo a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB).

"Qualquer reforma que parta para dentro do Judiciário tem que sair também do Judiciário. Ele (Moro) não pode fazer uma reforma do Executivo sem essa iniciativa do Judiciário, isso seria inclusive inconstitucional", afirmou ao jornal Renata Gil, presidenta da AMB.

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