Márcio França reage: “sabe quem pagou 100% dos contratos? O governo do João Doria"

Ex-governador postou vídeo em que afirma que, enquanto assinou três contratos com a tal OS, a gestão Doria assinou 32 contratos e aditivos; veja aqui

Márcio França. Foto: Reprodução de VídeoCréditos: Reprodução
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O ex-governador Márcio França (PSB) partiu para o contra-ataque e acusou a gestão do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de ampliar contratos com organização social do qual França foi alvo da investigação durante esta semana.

França postou um vídeo nas suas redes sociais na noite desta sexta-feira (7), em que afirma: "Fomos olhar no portal da transparência e você não vai acreditar. Sabe quem pagou 100% dos contratos? O João Doria, o governo do João Doria", disse.

Ele diz ainda que, enquanto assinou três contratos com a tal OS, a gestão Doria assinou 32 contratos e aditivos. "O sujeito bate a carteira e depois aponta para os outros dizendo; 'pega ladrão'", disse no vídeo.

França ainda questionou em nota enviada à imprensa por que Doria não é alvo da investigação. "Ou seja, a organização social ampliou sua atuação na Saúde do Estado de São Paulo no Governo atual. Esta mesma organização social permaneceu prestando serviços ao atual governo, liderado por João Doria, que não apenas manteve contrato de prestação de serviços já assinado, como firmou novos vínculos com a organização social citada", afirmou.

https://twitter.com/marciofrancasp/status/1479569473334091784

A operação

Márcio França sofreu mandato de busca e apreensão pela Polícia Civil de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (5), em vários endereços ligados a ele. A investigação apura um suposto esquema criminoso de desvio de recursos da área da saúde.

O médico Cláudio França, irmão do ex-governador, é um dos alvos da operação, que está sendo desencadeada em ao menos 30 locais da capital, litoral e interior em endereços da família França e, também, de ex-funcionários de organizações sociais, empresários e médicos.

A investigação apura peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A operação é acompanhada pelo Ministério Público e representantes da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

Operação política

No mesmo dia, França respondeu em sua conta do Twitter à operação do qual foi alvo. Para ele, “começaram as eleições”.

Sem citar nomes, mas claramente se referindo ao governador de São Paulo e seu vice, Rodrigo Garcia (PSDB), que também é pré-candidato ao governo, França afirma que a operação é política e foi desencadeada por determinadas “autoridades”, com “medo de perder as eleições”.

“Começaram as eleições 2022. 1ª Operação Política. Não há outro nome para uma trapalhada, por falsas alegações, que determinadas ‘autoridades’, com ‘medo de perder as eleições’, tenham produzido os fatos ocorridos nesta manhã em minha casa”, escreveu.