ELEIÇÕES 2022

Próximo do fim: PSDB libera diretórios no 2° turno e ignora ameaça à democracia

Em atitude vista amplamente como covarde, partido que já governou o Brasil e que nasceu da luta democrática não dá apoio a Lula, flerta com Bolsonaro e decreta “cada um por si” no momento mais dramático do país

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O Diretório Nacional do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) anunciou na tarde desta terça-feira (4) que está liberando seus diretórios estaduais para que tomem a postura que acharem melhor no segundo turno da eleição presidencial.

Diante da mais dramática encruzilhada política da História do Brasil, a sigla, que já foi gigante, governou o país por oito anos com Fernando Henrique Cardoso e reuniu nomes importantíssimos da vida pública brasileira que lutaram pela redemocratização após 21 anos de Ditadura Militar, achou mais conveniente não declarar apoio a Lula (PT) para derrotar Jair Bolsonaro (PL), o radical de extrema direita que ensaia passo a passo a instalação de uma autocracia no Brasil.

O “cada um por si” decretado pelo ninho mais alto do tucanato nacional caiu como uma bomba nas redes sociais, com os usuários apontando para a “morte” do partido, que além de ter perdido relevância, quadros e dezenas de cadeiras no Congresso Nacional, agora decide se manter “neutro” diante da ameaça real do fim da democracia brasileira.

Para alguns integrantes da legenda, como o governador paulista derrotado em 2 de outubro Rodrigo Garcia, a neutralidade dissimulada sequer foi cogitada. Ele anunciou apoio a Tarcísio de Freitas (Republicanos) e a Bolsonaro no segundo turno.