ELEIÇÕES 2022

Partido de Bolsonaro nega que vá questionar resultado das eleições

Suposto relatório divulgado pelo Antagonista de que o PL pediria anulação das eleições foi negado pelo partido: “versão é obsoleta e não está assinada por ninguém”

Valdemar Costa Neto.Créditos: José Cruz/ABr
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PL, partido do presidente derrotado Jair Bolsonaro, negou nesta terça-feira (15), nota do Antagonista de que vá questionar as eleições. Por meio de nota, o partido presidido por Valdemar Costa Neto afirmou que o resultado da fiscalização do partido sobre o pleito termina apenas no mês de dezembro.

Um suposto relatório de que a sigla iria pedir anulação do pleito foi divulgado pelo site O Antagonista neste domingo. A nota do PL afirma que o processo "está em andamento. Ainda não foi divulgada qualquer versão final do relatório, temos estudos em andamento. A versão publicada pelo Antagonista é obsoleta e não está assinada por ninguém”.

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Segundo o site O Antagonista, ação proposta pelo PL, que foi o que mais elegeu parlamentares nas eleições supostamente “fraudadas”, tenta se basear em duas auditorias contratadas pelo próprio partido.

O relatório

O relatório de uma dessas auditorias, segundo o Antagonista, que teve acesso ao documento, diz que não é possível confirmar os resultados gerados nas urnas eletrônicas cujos modelos datam de 2009, 2010, 2011, 2013 e 2015. Apenas as urnas do modelo 2020 estariam de acordo.

Carlos Rocha, presidente do Instituto Voto Legal (IVL) assina o documento junto com o engenheiro eletrônico Márcio Abreu e o engenheiro aeronáutico Flávio Gottardo de Oliveira, os dois últimos formados pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica). Eles apontam possível mal funcionamento nos modelos antigos das urnas e “interferência indevida nos percentuais de votação de candidatos”.

“Nesta perspectiva técnica, não é possível validar os resultados gerados em todas as urnas eletrônicas de modelos 2009, 2010, 2011, 2013 e 2015, resultados estes que deveriam ser desconsiderados na totalização das eleições no segundo turno, em função do mau funcionamento destas urnas”, diz a conclusão do relatório.