VERGONHA ALHEIA

Ruína bolsonarista: Queiroga vai a SE receber título fake de cidadão e com sobrenome escondido

Nos estertores do macabro período marcado pelo negacionismo e pelo desprezo à vida, ministro comparece à Câmara de Aracaju pra receber homenagem que não foi aprovada e sem “Queiroga”

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O bolsonarismo esfarela como biscoito velho e o chão não é o limite na decadência que se abate sobre o movimento de extrema direita. Nesta sexta-feira (4), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, protagonizou uma cena humilhante em Aracajú (SE) que apenas mostra o fundo de poço que Jair Bolsonaro (PL) e os principais nomes de seu grupo político estão.

Queiroga foi à Câmara da capital sergipana e saiu sorridente ostentando uma placa com o título de cidadão aracajuense, mas o problema é que a homenagem não foi aprovada pelos parlamentares municipais. Ou seja, o título era fake.

O vereador Pastor Diego (PP), que é assumidamente bolsonarista, e o prefeito Edvaldo Nogueira (PDT) estiveram na “cerimônia” de entrega da honraria. Uma sessão foi iniciada pela vereadora Linda Brasil (PSOL) e o decreto legislativo que tratava da homenagem foi colocado em pauta, mas não foi votado. Para piorar, o nome do ministro apareceu no texto e na placa apenas como Marcelo "Antônio Cartaxo Lopes", sem o sobrenome “Queiroga”, para que ele não fosse reconhecido.

"Como vereadora, eu queria ter o direito de contestar a concessão do título, de votar contra. Não podia entregar o título sem a nossa apreciação. Eu denunciaria uma pessoa que contribuiu com a disseminação da Covid-19", disse Linda Brasil, indignada.

Anderson de Tuca (PDT), vereador que preside a comissão de Justiça, alertou para os presentes na Câmara que o título não tinha valor legal, uma vez que não houve aprovação por maioria dos integrantes da Casa.

“Como ele foi agraciado com o título sem que os vereadores aprovassem? É de se questionar o presidente da Câmara também. Não fomos nem comunicados de que o ministro estaria em Aracaju, na Câmara, para receber o título. Lamentável a forma que foi feita, uma loucura jurídica”, falou Tuca.

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