TERRORISMO

Terrorista de Brasília foi ao Senado para questionar eleições

Polícia Legislativa já sabe quem autorizou entrada do empresário paraense mas trata caso com sigilo; Entenda

George Washington de Oliveira Sousa.Terrorista de Brasília foi ao Senado para questionar eleiçõesCréditos: Divulgação/PC-DF
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George Washington Oliveira Sousa, o homem acusado de terrorismo em Brasília após tentativa frustrada de explodir um caminhão de combustível próximo do aeroporto, esteve no Senado em 30 de novembro para a 32ª reunião extraordinária da Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle (CTFC).

A audiência pública questionava a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e as atuações do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante o processo. A presença de Washington no Senado foi autorizada e a Polícia Legislativa já sabe de onde veio a autorização. No entanto, trata o caso como sendo sigiloso.

Mas ha uma razão. A Polícia Legislativa investiga possíveis ligações entre quem autorizou a entrada de George Washington no Senado e o empresário bolsonarista do Amapá que recentemente fez ameaças ao senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

A reunião que teve a presença do empresário acusado de terrorismo foi convocada pelo senador Eduardo Girão (Podemos-CE). Teve ainda a presença de Fábio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação do Governo (SECOM) e primeiro depoente da CPI da Covid-19 em 2021, do juiz Ives Gandra e da influenciadora digital Barbara Destefani, investigada no inquérito das fakes News.

Patrimônio e renda do terrorista

Além disso, George Washington disse à polícia, durante audiência de custódia, ter uma renda mensal entre R$ 4 e R$ 5 mil e que apesar de ser identificado como empresário, é apenas gerente de postos de gasolina. Quatro no total.

Também não existe nenhuma empresa ativa no nome do suspeito, que foi pego com um verdadeiro arsenal em apartamento alugado em Brasília para hospedar-se enquanto participa da balbúrdia bolsonarista.

Um dos filhos dele é dono do restaurante Cavalo de Aço Empório Gourmet, em Xinguará, no Pará. Washington declarou como endereço um posto de gasolina de mesmo nome, registrado no nome de duas mulheres.

Além do tema das bombas e dos planos de estimular a declaração de um estado de sítio por meio do terror, também ficará complicado para o acusado explicar como conseguiu gastar R$ 160 mil no arsenal encontrado pela polícia.

*Com informações da Folha e Metrópoles.