CASO ADÉLIO

"Não se sabe se de fato houve a facada", diz secretário-geral do PT

PT deve processar Bolsonaro por ligar sigla ao caso Adélio

Créditos: Agência Senado
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O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) informou nesta terça-feira (15), em entrevista ao Fórum Onze e Meia, que o Partido dos Trabalhadores (PT) deve processar o clã Bolsonaro pelas fake news associando a sigla ao caso Adélio Bispo, preso por ter tentado matar o presidente nas eleições de 2018.

Coordenador das redes sociais da pré-campanha à reeleição do pai, Carlos Bolsonaro deu a deixa nas redes sociais ao usar o PT - em vez do PSOL, como vinha fazendo - para se referir à facada. 

"No mérito mostra o quão sórdidos eles são, criminosos. Essa é uma calúnia, e acho que tínhamos que enfrentá-la juridicamente, ver de onde estão partindo essas calúnias e processar. Essa vai ser a primeira sugestão que eu vou dar a Gleisi [Hoffmann] hoje, não podemos deixar isso como está, estão atribuindo a nós um crime e claramente na véspera das eleições", afirmou Teixeira.

O secretário-geral do PT disse, ainda, que "não se sabe se de fato houve a facada". "Um fato que faz quatro anos, que nunca foi dito que foi o PT e agora manipulam. Sabe-se lá se ele [Adélio] disse mesmo ou se é fruto dessa manipulação que está muito em voga. Não se sabe se houve a facada, tem gente dizendo que isso não teria existido", pontuou Teixeira.

Neste sábado (12), o perfil Anonymous fez uma publicação no Twitter em que afirma que "Adélio Bispo prestou depoimento gravado pela PF dizendo que a facada teria sido encomendada pela campanha de Haddad em 2018". "Carluxo irá usar esse vídeo. Eu tenho certeza, absoluta que Adélio foi coagido", emenda o tuite.

A publicação vai ao encontro do que afirmou horas antes a jornalista Hildegard Angel, que anunciou pelas redes sociais que o "algo novo que vai salvar o Brasil" prometido por Jair Bolsonaro (PL) é atribuir ao PT a facada que foi vítima na campanha eleitoral de 2018.

Na última quinta-feira (9), Bolsonaro interrompeu conversa com apoiadores no cercadinho do Palácio da Alvorada e, após falar em “ditadura da caneta”, disse que vai acontecer algo nos próximos dias “que vai nos salvar”.

Confira a entrevista na íntegra: