ELEIÇÕES

Presidente do PSOL diz que partido não quer Alckmin vice de Lula: "vamos discutir"

Juliano Medeiros afirma que não há “nenhuma possibilidade” de retirada da candidatura de Boulos ao governo de São Paulo

Créditos: José Cruz/Agência Brasil
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O PSOL lançou nesta quarta-feira (16) a plataforma "Direitos ao Futuro: diálogos do PSOL para reconstruir o Brasil". De acordo com a legenda, trata-se uma proposta para derrotar "Bolsonaro e sua agenda radical do neoliberalismo".

Além disso, o presidente da sigla, Juliano Medeiros, e a deputada Talíria Petrone (RJ) se encontrarão com dirigentes do PT nesta semana para tratar do apoio à candidatura de Lula à presidência da República já no primeiro turno. Para tanto, algumas condições serão apresentadas ao PT, entre elas, a revogação das reformas trabalhista e da previdência, e fim do teto de gastos. 

À Fórum, Juliano Medeiros também declarou que, além dos pontos elencados acima, a questão da vice de Lula será discutida. "A composição da chapa presidencial vai ser um dos temas que nós vamos debater com o PT e os demais partidos de esquerda que querem derrotar o Bolsonaro nas eleições deste ano."

Um dos objetivos do PSOL na eleição nacional é derrotar a agenda neoliberal do governo Bolsonaro e, para Medeiros, a figura de Alckmin vai de encontro à luta contra o neoliberalismo. "Não vejo como Geraldo Alckmin possa reforçar uma plataforma de luta contra o neoliberalismo no Brasil. Esse certamente será um dos temas que estará em debate", revelou. 

"Não concordo que as ideias de esquerda não tenham força no Brasil, ainda mais diante dos impactos da pandemia, para dialogar com a sociedade e defender uma maior presença do Estado no combate às desigualdades sociais, a mudança do modelo econômico, a defesa das liberdades, não vejo como essa agenda possa ter dificuldades de dialogar com os anseios do povo brasileiro", acrescentou Juliano Medeiros. 

Juliano Medeiros ainda destacou que não existe em São Paulo a possibilidade de um acordo com o PT para a retirada da candidatura de Guilherme Boulos ao governo: "Não há nenhuma possibilidade da retirada da candidatura de Boulos hoje".