ECONOMIA

Kassab: "Aquele liberalismo puro está morto no mundo"

"Não existe mais aquela visão de um estado leve, sem nada", disse Kassab defendendo que a reforma administrativa "não é passar o facão e cortar todo mundo".

Gilberto Kassab.Créditos: Divulgação
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Em meio às negociações para definir a postura do PSD nas eleições presidenciais, Gilberto Kassab, presidente nacional da sigla, criticou duramente o "liberalismo puro" e defendeu um Estado forte, sinalizando maior simpatia pelo programa defendido por setores progressistas e pela candidatura Lula (PT).

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"Hoje o PSD enxerga com muita nitidez que aquele liberalismo puro está morto no mundo. Não existe mais aquela visão de um estado leve, sem nada", disse Kassab ao ser indagado sobre a análise dos programas dos candidatos à Presidência no programa Canal Livre, na noite deste domingo (20).

Ele lembrou a função do Estado em áreas como saúde e educação para destacar a importância do serviço público.

"É inadmissível pensar num estado que não invista muito na saúde. A nossa rede do SUS mostrou sua importância. Nós precisamos investir mais na saúde, mostra que estamos no caminho certo e precisamos aperfeiçoá-la. O que seria dos milhões de brasileiros que foram atendidos na rede SUS se não fosse o SUS", disse, antes de falar que vê com "tristeza" a diferença do tratamento dado aos alunos das escolas públicas e privadas durante a pandemia.

O presidente do PSD ainda defendeu uma reforma administrativa o que, segundo ele, não significa "passar uma faca e cortar todo mundo", em relação à demissão de servidores.

"O Estado precisa investir mais e melhor na saúde, na educação, na segurança. As pessoas falam em reforma administrativa e para aqueles que não conhecem a vida pública acha que é passar uma faca e cortar todo mundo. Não. Significa criar mais eficiência no servidço público. Até pagar melhor o professor, o médico...", afirmou.