General Heleno sonha com vice de Bolsonaro, mas avalia concorrer ao Senado ou à Câmara

O general Augusto Heleno, que revelou que toma Lexotan para não avançar contra o STF, pode se abraçar de vez ao centrão que tanto condenou no passado

General Augusto Heleno, ministro-chefe do GSI (Foto: Alan Santos/PR)
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Quatro anos depois de ter cantarolado o "se gritar pega centrão, não sobra um, meu irmão" - comparando parlamentares do centrão com ladrões -, o general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), pode ir parar em uma das legendas que compõem

esse bloco.

Caso seus planos de integrar a chapa do presidente Jair Bolsonaro (PL) como vice não avancem, o general não pretende recolocar os pijamas. Heleno quer continuar ativo na política, segundo o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles. O posto de vice estaria mais próximo do general Walter Braga Netto.

O ministro avalia se filiar ao PP de Ciro Nogueira ou ao Republicanos para concorrer a uma vaga no Senado ou na Câmara dos Deputados nas eleições de outubro em São Paulo. Os dois partidos compõem o chamado centrão, assim como o PL de Bolsonaro.

O que pode atrapalhar os anseios de Heleno é a ministra Damares Alves, dos Direitos Humanos. Bolsonaro quer a ministra concorrendo ao Senado em São Paulo.

Heleno diz que “toma dois Lexotan” para Bolsonaro não ser “drástico” com STF

Durante a formatura de uma turma de arapongas da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), em dezembro, Heleno revelou que toma dois Lexotan na veia por dia para não levar Bolsonaro a tomar uma atitude drástica contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Temos um dos poderes que resolveu assumir uma hegemonia que não lhe pertence. Não é… Não pode fazer isso! Está tentando estudar a corda até ela arrebentar. Nós estamos assistindo a isso diariamente. Principalmente da parte de dois ou três ministros do STF… E que eu, particularmente, que sou o responsável, entre aspas, por manter o presidente informado, eu tenho que tomar dois Lexotan na veia por dia para não levar o presidente a tomar uma atitude mais drástica em relação às atitudes tomadas por esse STF que está aí”, disse o militar da reserva, sem explicar o que é a “atitude mais drástica” que Bolsonaro quer tomar contra o Judiciário.