ANTIGOS ALIADOS

Fogo no parquinho: Eduardo Bolsonaro e milícia virtual escracham Renan Santos, do MBL

Coordenador do MBL é investigado pelo Ministério Público por lavagem de dinheiro após protagonizar um vexame na ida à Ucrânia com o deputado Arthur do Val, o Mamãe Falei

Eduardo Bolsonaro com Mamãe Falei e Renan Santos.Créditos: Montagem /Reprodução Facebook e Youtube
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Antigos aliados, Eduardo Bolsonaro (União-SP) festejou os ataques da milícia virtual a Renan Santos, do Movimento Brasil Livre (MBL), que é investigado pelo Ministério Público por lavagem de dinheiro após protagonizar um vexame na ida à Ucrânia com o deputado Arthur do Val, o Mamãe Falei (Sem partido).

"BOMBA!!! Está caindo a casa do MBL! O @Estadao afirma ter acessado a investigação em curso do MPSP contra o grupo. Segundo o jornal, o MP identificou uma suposta laranja que seria sócia de empresa utilizada por Renan dos Santos para transacionar valores", escreveu o influenciador bolsonarista Leandro Ruschel no Twitter.

A publicação foi compartilhada por Eduardo Bolsonaro em suas redes sociais.

"A citação de um tucano de alta plumagem nesse rolo todo deixa ainda mais necessária a abertura de CPI do MBL na Assembleia de SP. Gostaria muito de ouvir a manifestação do @SF_Moro sobre mais essa BOMBA envolvendo o grupo, que é seu aliado de primeira hora", diz o influenciador na longa sequência de tuites.

Lavagem de dinheiro

O coordenador do MBL e sua família são acusados de usar como “laranja” para fazer transações milionárias o nome de Rosalina Maia, de 53 anos, moradora de um sobrado na Vila Liviero, na periferia da zona sul de São Paulo, como sócia em uma empresa da família.

No papel, a empresa Angry Cock aparece em nome de Rosalina e está sediada em um bairro humilde na cidade de Simões Filho, na Bahia. Mas de fato, foi usada por Renan e sua irmã, Stephanie, para movimentar R$ 1,8 milhão.

Os dados são da Operação Juno Moneta, de 2020, deflagrada para investigar a família do líder do MBL por suspeita de lavagem de dinheiro.

O Ministério Público identificou transações financeiras de R$ 1,3 milhão entre a Angry Cock e outras empresas, e pediu uma quebra de sigilo mais detalhada. A Justiça autorizou, mas as informações ainda não foram enviadas pelos bancos.

O Estadão teve acesso também a relatórios de busca e apreensão e de análises de quebra de sigilo bancário da Operação Juno Moneta. Segundo dados da Receita Federal, Renan e familiares são donos de empresas quebradas e inativas que somam R$ 396 milhões em dívidas.