CRÍTICAS

“Moro é indigente intelectual e desprezado pela cúpula do Judiciário”, diz Kakay

O advogado criminalista não acredita que o ex-juiz mantenha sua candidatura à presidência da República

Kakay afirma que Moro precisa ser investigado criminalmente.Créditos: Wilson Dias/Agência Brasil
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O advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, fez duras críticas ao ex-juiz e atual presidenciável, Sergio Moro (Podemos). “Acho muito difícil que ele mantenha a candidatura à presidência”, declarou, em entrevista ao Fórum Onze e Meia desta terça (15).

Kakay também não acredita que o ex-juiz tente uma vaga no Senado para obter foro privilegiado e fugir de eventuais investigações.

“A expectativa dele sempre foi ser presidente. Por isso ele instrumentalizou o Judiciário. Mas também passou o tempo todo criminalizando a política. O Moro é um indigente intelectual. Imagine ele no Senado”, afirmou.

“Na época em que ele era tratado como ‘herói nacional’ pela grande mídia, tinha chance de se eleger. Mas agora, felizmente, estamos conseguindo desconstruir isso. Hoje, ele é uma imagem pálida do que era”, destacou Kakay.

O criminalista ressaltou, ainda, que Moro “é desprezado pela cúpula do Judiciário. Quem é sério no Judiciário não gosta dele. Ele foi responsável pelo projeto da Lava Jato que elegeu esse fascista (Bolsonaro)”.

Na avaliação de Kakay, o próprio partido do ex-juiz não o quer mais. “Fui procurado recentemente por uma pessoa de peso dentro do Podemos e ele me confidenciou que querem expulsar o Moro. A estrutura partidária não está satisfeita com ele”.

O advogado também cobrou que haja uma investigação criminal séria para apurar as responsabilidades de Moro na destruição de empesas, como a Odebrecht, na entrega do pré-sal, entre outras ações nocivas ao país.

“É preciso investigar Moro, procuradores e advogados que atuaram nesse projeto de poder. É uma obrigação do país”, acrescentou.

“O Brasil não suporta mais um mandato de Bolsonaro”, afirma o advogado

Questionado sobre o cenário eleitoral, Kakay evitou o "já ganhou" e disse que o campo progressista precisa lutar muito para eleger Lula (PT) e trabalhar com a possibilidade real de derrota.

“O atual presidente tem o poder nas mãos. Por isso, é preciso trabalhar muito. O Brasil não suporta mais um mandato do Bolsonaro, pois todos as áreas estão desestruturadas. Mesmo com a vitória de Lula, serão precisos cinco, seis, sete anos para colocar o país razoavelmente nos eixos”, completou o advogado.

Assista à íntegra da entrevista: