GABINETE PARALELO

Pastores transformam MEC em balcão de interesses privados no governo Bolsonaro

Com autorização do ministro Milton Ribeiro, líderes atuam e tomam decisões em nome do ministério

Créditos: Reprodução/Twitter Milton Ribeiro
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Desde que Bolsonaro assumiu o poder, em 2019, o Ministério da Educação se tornou alvo de sua base mais radical: os fundamentalistas religiosos, que acreditam estar em uma "batalha cultural" contra feministas, LGBTQIA+ e comunistas. 

E são os religiosos obscurantistas que hoje dão as cartas no MEC. Segundo reportagem do Estadão, os pastores têm passe livre para atuar nos escaninhos do Ministério que, ao lado da pasta da Saúde, é o mais importante do governo Federal. 

Levantamento feito pelo jornal mostra que os religiosos atuam como representantes diretos do ministro da Educação Milton Ribeiro, mesmo que não tenham cargos oficiais para atuarem como tais. 

"Estamos fazendo algo que ninguém nunca fez", diz o pastor Gilmar Santos ao definir o modelo adotado atualmente pela governança em torno da pasta da Educação. 

De acordo com o levantamento da publicação, há um "gabinete paralelo da Educação", mas, o que não se sabe até agora é se estes representantes religiosos do ministro são remunerados ou não.