GOVERNO BOLSONARO

Centrão e bancada evangélica querem Ribeiro fora do MEC para não atrapalhar eleições

Políticos aliados ao Planalto temem que a propina em ouro a pastores no MEC imploda o discurso sobre corrupção de Jair Bolsonaro. André Mendonça, do STF, é acionado.

MIlton Ribeiro, Jair Bolsonaro e Paulo Guedes.Créditos: Luis Fortes/MEC
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Políticos do centrão e da bancada evangélica aumentaram a pressão sobre Milton Ribeiro para que o pastor deixe o comando do Ministério da Educação após as denúncias de propina em ouro a dois pastores que intermediavam repasses de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) as municípios.

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Segundo o blog de Andreia Sadi, no G1, o centrão e a bancada evangélica estaria em contato com André Mendonça, para que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), padrinho do ministro, pressione Ribeiro a deixar a pasta.

O temor dos políticos, que hoje comandam o governo e a pré-campanha, é que o caso provoque ainda mais estragos para Jair Bolsonaro (PL) e aliados nas eleições, acabando com o discurso de que não existe corrupção no governo.

Segundo a jornalista, a avaliação é que a situação do ministro é "insustentável" e a crise está "sem freio" no governo.

Além do fim do discurso anticorrupção, as propinas dos pastores no MEC estariam "manchando" o segmento, além de contribuir para o aumento do racha na bancada.