GUERRA NA UCRÂNIA

Rússia diz ter matado líder neonazista da Ucrânia

Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que a "operação especial" da Rússia na Ucrânia é para acabar com o rumo dos EUA para "dominar o mundo.

Taras Bobanich, suposto líder neonazista ucraniano assassinado pela Rússia.Créditos: Reprodução/Sputnik
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O Ministério da Defesa da Rússia anunciou nesta segunda-feira (11) que matou um dos líderes de grupos neonazistas na Ucrânia.

"Um grupo de operações especiais russo, durante ações de reconhecimento e busca a cinco quilômetros ao sul da cidade de Izyum, eliminou um dos líderes infames do chamado corpo voluntário ucraniano Setor de Direita, Taras Bobanich", informou em nota divulgada pela agência Sputnik.

Segundo a Rússia, desde 2014 Bobanich dava pessoalmente ordens para abrir fogo com armas pesadas contra residências em Donetsk e Lugansk, sendo responsável por diversas mortes de civis, incluindo crianças.

O líder do movimento de ultradireita também teria propagado  teoria da superioridade da raça ucraniana, participando pessoalmente das execuções de cidadãos de língua russa na Ucrânia.

O Ministério da Defesa ainda afirmou que "as Forças Armadas russas continuam buscando e eliminando os chefes das organizações neonazistas ucranianas".

Rumo dos EUA para "dominar o mundo"

Em declaração também nesta segunda, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que a "operação especial" da Rússia na Ucrânia é para acabar com o rumo dos EUA para "dominar o mundo".

"Nossa operação militar especial se destina a acabar completamente com a expansão irresponsável e rumo irresponsável para obter a dominação total dos EUA e outros países ocidentais no palco internacional. A dominação que é consolidada com grosseiras violações do direito internacional, conforme certas regras sobre as quais apenas agora falam e que são criadas por eles conforme a ocasião", disse Lavrov.

Na quinta-feira (7), a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) determinou que a Rússia deve ser suspensa do Conselho de Direitos Humanos.

Foram 93 votos para sim, 24 para não e 58 abstenções, entre elas a do Brasil.

Em sua declaração, Lavrovo afirmou que a Rússia, "com sua história, com suas tradições, é um daqueles países que nunca ocupará uma posição de subordinada".

Nós só podemos ser membros da comunidade internacional em condições iguais de segurança indivisível", emendou.