ELEIÇÕES 2022

Presidente do PSDB rifa Doria e diz que partidos da coligação vão definir candidato à presidência

Bruno Araújo declarou que a aliança com os partidos "é maior" que as prévias tucanas e que o ex-governador de SP não pode ser “candidato de si”

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O presidente do PSDB, Bruno Araújo, declarou em encontro com o grupo Esfera Brasil que a aliança com outros partidos "é maior" do que as prévias da legenda. Dessa maneira, a candidatura de João Doria depende da aprovação dos partidos Cidadania, União Brasil e MDB. Essa tese é defendida pelo deputado Aécio Neves (MG). 

"O PSDB agora está em um consórcio maior para uma terceira via. Não vejo o apoio do PSDB para seguir com uma candidatura que não seja dentro desse pacto. A candidatura de Doria recebe toda energia, todo o apoio do PSDB, se ela tiver acolhida dentro desse conjunto político da aliança nacional com todos os partidos. Fora isso, acho que vai ter um grau de desgaste intenso dentro do partido", disse Araújo. 

Bruno Araújo também afirmou que o PSDB irá homologar o nome que tiver apoio das quatro legendas. "Pode ser o Leite, o Doria, a Simone [Tebet, do MDB], o Luciano Bivar [União Brasil]. Se você perguntar aqui se pode dar um acordo e trazer o [ex-presidente Michel] Temer novamente como candidato, pode." 

O presidente do PSDB disse que não vai impor para que o nome do presidenciável da coligação seja tucano. "Irei operar para que tenhamos um candidato. Se for do PSDB, estarei duas vezes atendido. Há um senso público de oferecer alternativa à sociedade brasileira." 

Quando o governador João Doria ameaçou não renunciar ao governo do estado de São Paulo e abandonar a sua pré-candidatura, o presidente do PSDB soltou uma carta reafirmando o nome de Doria como o candidato escolhido pelas prévias tucanas para disputar a presidência da República, mas parece que a promessa da carta venceu. 

"Na política primeiro a gente escolhe o candidato e, depois, os critérios. Quando fizemos um pacto de convenção, os problemas ficaram para trás. Nem João Doria pode ser candidato de si mesmo, nem outro partido pode não se conformar de a gente ter feito outro tipo de escolha dentro de um consenso. Se no dia 16 de maio não houver anúncio de que não houve entendimento, você terá opção de Lula, Bolsonaro ou [voto em] branco."

 

Com Folha de S. Paulo