GOLPE DE 1964

Mourão chama ditadura de "revolução democrática" e os povos originários de "índios"

Nesta segunda, o vice-presidente ironizou denúncias de tortura na Ditadura em áudios dos ministros do Superior Tribunal Militar: "Os caras já morreram tudo. Vai trazer os caras do túmulo de volta?”

Mourão chama ditadura de "revolução democrática" e os povos originários de "índios".
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O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) usou as redes sociais para tratar do Dia do Exército, celebrado nesta terça-feira (19).  Ao relatar alguns fatos históricos que envolvem o Exército, Mourão se referiu ao golpe militar como "revolução democrática" e chamou os indígenas de "índios". 

"O Exército, com uma história de vitórias, desde Guararapes, quando índios, brancos e negros combateram os holandeses, passando pela Guerra do Paraguai, 2ª GM [Guerra Mundial] e pela Revolução Democrática de 1964 até os dias atuais, preserva a soberania e contribui com o Brasil. Parabéns ao EB [Exército Brasileiro]", escreveu Mourão. 

 

Mourão minimiza torturas ocorridas na Ditadura Militar 

Vice-presidente, o general Hamilton Mourão (Republicanos) saiu em defesa dos agentes da Ditadura que torturavam mulheres grávidas, conforme revelado por áudios divulgados pela jornalista Miriam Leitão, da Globo, neste domingo (17).

“Houve excessos? Houve excesso de parte a parte. Não, não vamos esquecer o tenente Alberto lá da PM de São Paulo morto a coronhada pelo Lamarca e os facínoras dele, né? Então, toda vez que há uma guerra, a coisa é complicada. Vocês estão vendo agora no conflito lá na Ucrânia, todas as coisas que estão acontecendo lá”, disse Mourão na manhã desta segunda-feira (18), citando caso isolado para rebater a política de Estado imposta pela Ditadura.

Segundo o vice-presidente, que é pré-candidato ao Senado, houve "uma luta dentro do país", enfatizando o discurso da Ditadura ecoado por Jair Bolsonaro (PL) de combate ao "comunismo".

"Tem que conhecer a história. A história sempre tem dois lados a ser contados, né? Então, vamos lembrar: aqui houve uma luta, dentro do país, contra o Estado brasileiro por organizações que queriam implantar a ditadura do proletariado, que era um regime que na época atraía uma quantidade grande da juventude brasileira e também parcela da sociedade, mas que perderam essa luta”.

Manuela D´Ávila e Mourão lideram em empate técnico disputa pelo Senado no RS

A ex-deputada federal Manuela D'Ávila (PCdoB) é a líder da disputa pela única vaga para o Senado no Rio Grande do Sul. Recentemente, ela foi convidada para compor a chapa de Edegar Pretto (PT), que concorre ao governo do estado. 

De acordo com levantamento Real Time Big Data divulgado nesta segunda-feira (18), Manuela tem 20% das intenções de voto. Logo atrás dela aparece o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos), com 16%. Como a pesquisa tem margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, a ex-deputada e o general que minimiza tortura na ditadura militar estão em empate técnico. 

O terceiro lugar é da ex-senadora Ana Amélia Lemos, que soma 12% das intenções de voto. Esse percentual a coloca em empate técnico com Mourão. Logo atrás aparece o ex-governador José Sartori (MDB), que tem 10% e empata tecnicamente com Ana Amélia. 

Fecham a lista o ex-prefeito da capital gaúcha Nelson Marchezan Jr (PSDB), o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan (PDT), e o senador Lasier Martins (Podemos), com 4% cada um. Brancos e nulos chegam a 10%, enquanto outros 20% não responderam ou ainda não sabem em quem vão votar. 

A pesquisa Real Time Big Data contou com 1.200 entrevistas feitas no RS entre os dias 15 e 16 de abril.