ELEIÇÕES 2022

Lula aprofunda diálogo com "mercado" e católicos em meio à ofensiva golpista de Bolsonaro

Após marcar território sobre temas inegociáveis, como a contrariedade às privatizações da Petrobras e Eletrobras, Lula quer ouvir demandas do sistema financeiro e, ao lado de Alckmin, ouvir católicos.

Lula e Geraldo Alckmin.Créditos: Ricardo Stuckert
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Em meio aos arroubos autoritários de Jair Bolsonaro (PL), que busca cooptar parte da cúpula militar e políticos do Centrão para a tese golpista da fraude nas urnas eletrônicas, Lula (PT) vai aprofundar diálogos com o sistema financeiro e grupos católicos.

Após encontro com agentes do mercado ao lado de Gleisi Hoffmann (PT), o jovem economista Gabriel Galípolo foi escalado por Lula para ouvir propostas da Faria Lima e aprofundar o diálogo com o sistema financeiro.

No primeiro encontro, a presidenta do PT marcou posição em temas inegociáveis na política econômica de um eventual governo Lula, como o fim - ou reversão - de privatizações de empresas como Petrobras e Eletrobras, a queda do teto de gastos e a revisão da reforma trabalhista.

Agora, Galípolo deve ouvir as demandas dos agentes financeiros e fazer o intercâmbio de informações com o núcleo duro da campanha, que tem Jaques Wagner como um dos cotados para o Ministério da Fazenda, caso Lula seja eleito.

Católicos com Alckmin

Ao lado de Geraldo Alckmin (PSB), Lula deve encontrar pessoalmente com lideranças e grupos católicos nas viagens que os dois devem fazer em estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Minas Gerais, que têm forte influência de setores conservadores da igreja de Papa Francisco.

As viagens começam logo após o lançamento da chapa, que acontece no dia 7 de maio. Lula quer caminhar com Alckmin, que tem muito trânsito no conservadorismo católico, nas primeiras semanas para alinhar estratégias e passar a imagem da importância da frente ampla para derrotar o bolsonarismo.