FELIPE NETO

Bolsonaro censor: Felipe Neto denuncia que ficou 2 anos sem contrato de publi com empresa brasileira

O influenciador digital é um crítico ferrenho do governo Jair Bolsonaro e chegou a levar as reclamações para o New York Times

Felipe Neto.Créditos: Divulgação
Escrito en POLÍTICA el

O empresário e influenciador digital Felipe Neto - um dos cinco maiores youtubers do mundo - usou as redes sociais nesta sexta-feira (29) para denunciar que seu nome vinha sofrendo um veto em campanhas de publicidade de empresas brasileiras nos últimos dois anos em razão das críticas que faz ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).

"Hoje foi ao ar no meu TikTok a primeira publi que fechei com uma empresa que opera no Brasil em 2 anos. Exceto Americanas que patrocina o Show da Black Friday, que é mto maior que eu. Foram 2 anos com todas as empresas com sede no Brasil recusando meu nome, por motivos quer vocês sabem bem", escreveu o youtuber no Twitter.

"Ao longo desses 2 anos, ouvimos todo tipo de desculpa por parte das agências e das próprias empresas. As campanhas eram negociadas, às vezes chegavam a ser fechadas, mas "alguém" mandava derrubar meu nome. Foram inúmeras vezes", relatou.

Felipe Neto destaca que não ficou sem participar de campanhas publicitárias nesse período, principalmente por conta de empresas estrangeiras. "Empresas gringas me deram muito valor nesses 2 anos, foram inúmeras campanhas fechadas, mas quando era empresa no Brasil, sempre cancelavam. Estou muito feliz que esse ciclo está se encerrando...", disse.

"Vale ressaltar que nunca perdi 1 publi na vida quando vivia xingando Lula e Dilma. Nem fui perseguido. Polícia não veio na minha casa. Não fui acusado de pedofilia. Não fui indiciado por corrupção de menores. Nunca aconteceu nada. Mas eles juram que são 'pela liberdade de expressão'", finalizou, lembrando da perseguição que sofreu no governo Bolsonaro.

O influenciador digital foi um das vozes que se levantou contra o bolsonarismo e chegou a levar as críticas ao governo ao New York Times, o que o tornou um dos alvos preferenciais dos apoiadores do presidente de extrema-direita.