O deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) ressaltou a influência da juventude no resultado eleitoral deste ano. “A eleição vai ser decidida pelos jovens que não votaram em 2018; 65% dessa população rejeitam Jair Bolsonaro. Portanto, é fundamental desenvolver ações para que os jovens, de 16 a 18 anos, tirem os títulos de eleitor até 4 de maio, prazo final”, declarou o parlamentar, em entrevista ao Fórum Onze e Meia desta quarta (6). Ele participou ao lado do jornalista e pesquisador Jean Wyllys (PT).
O deputado destacou que por isso é muito importante o posicionamento de artistas, como fizeram Anitta e Pabllo Vittar, para atrair essa camada da população.
Padilha apontou, ainda, que outro segmento da população será decisivo para o resultado da eleição. “São as pessoas que não votaram em 2018, porque ficaram com receio do clima de violência política que foi instalado pela extrema direita”.
Padilha destaca que sempre trabalhou “com um cenário eleitoral extremamente duro”
O petista analisou o resultado da última pesquisa eleitoral do XP/Ipespe, divulgada nesta quarta, que apontou um ligeiro crescimento do atual presidente.
“O Bolsonaro subiu 4% e o Lula permanece estável. Eu sempre trabalhei com um cenário eleitoral extremamente duro, principalmente pelas atitudes da extrema direita, o clima de terror criado por ela”, disse.
“Acredito que faltando cerca de 15 dias para eleição, Lula vai continuar estável e Bolsonaro tem espaço para crescer um pouco, devido a pessoas que estavam contra ele por causa da pandemia, mas voltaram. Por isso, é fundamental se preparar para a reta final, porque vai haver mais difusão de ódio nas redes sociais do que ocorreu em 2018”, acrescentou Padilha.
“Bolsonaro autoriza o assassinato de lideranças sociais, negros que moram nas periferias, travestis”, afirma deputado
O parlamentar voltou a enfatizar a importância de derrotar o autoritarismo do governo. “O Bolsonaro autoriza o assassinato de lideranças sociais, negros que moram nas periferias, travestis. Hoje, está ocorrendo um movimento de cancelamento das vozes de parlamentares mulheres e LGBTs. Temos que derrotar a extrema direita”, afirmou.
Assista à íntegra da entrevista: