O bolsonarismo pariu mais uma de suas jabuticabas: o candidato a ministro que já dá palestra e fala como um dos “escolhidos” da equipe “altamente técnica” de Jair Bolsonaro, que meteu o Brasil na maior crise socioeconômica da História e conduziu o país a um cenário de conflagração.
Um professor identificado como Cassiano Zeferino de Carvalho Neto participou de um evento on-line, uma aula inaugural, num canal da Faculdade de Ciências Jurídicas de Santa Maria (RS) da UNISM, e falando para os alunos e docentes que faziam parte do encontro virtual assumiu que é “o indicado para ser ministro da Educação” após a demissão de Milton Ribeiro, o antigo chefe do MEC que caiu em meio às escandalosas denúncias de corrupção na pasta, controlada por uma dupla de pastores evangélicos que em troca de propina autorizava o repasse de recursos públicos às prefeituras de todo país.
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“Eu vou contar pra vocês, já que a gente tá quase terminando... Eu tenho sim... Não um sonho, mas um ideal, uma vontade muito grande, que até dezembro de 2025 a gente consiga realizar a grande inovação da escola brasileira. Tem gente ótima pra isso. Tá faltando só esse entendimento, essa visão. Eu também não oculto o que vou falar pra vocês agora, visto que é público. Houve a saída do professor doutor Milton Ribeiro recentemente, e o meu nome está sendo analisado para o ministério, a verdade é essa. Não faço média, que falar aqui a verdade. E qual é o propósito? É fazer essa grande transformação da escola brasileira. A inovação não é da educação, porque quando a gente fala de inovação da educação, a gente entra num terreno complicado porque é muito ideológico, e não é isso. É a inovação da escola, porque cada escola é uma identidade única”, disse Zeferino.
Fazendo uma busca simples é possível descobrir que Zeferino é graduado em Física e Pedagogia pela PUC-SP, e tem doutorado em Engenharia e Gestão do Conhecimento pela UFSC, além de um mestrado em Educação Científica e Tecnológica pela mesma instituição. O curioso é que seu nome não aparece em qualquer postagem nas redes ou na imprensa que cobre Brasília como um dos cogitados para o cargo no Ministério da Educação.