ELEIÇÕES 2022

Boulos faz duras críticas a Alckmin, mas garante apoio a Lula: "Farei campanha"

Em entrevista aos Jornalistas Livres, Boulos disse que não vai recuar de nenhuma crítica que faz a Alckmin, mas ponderou: "O momento é grave"

Lula e Boulos.Créditos: Ricardo Stuckert
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Guilherme Boulos (PSOL), assim como boa parte das lideranças de seu partido, não apoia a aliança que o ex-presidente Lula (PT) vem firmando com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB). Nesta sexta-feira (8), o PSB oficializou a indicação de Alckmin para ser candidato a vice na chapa liderada pelo petista à presidência

Em entrevista aos Jornalistas Livres, Boulos, que será candidato a deputado federal nas eleições deste ano, fez duras críticas a Alckmin, mas garantiu que isso não o impedirá de apoiar Lula

"Não recuo de nada do que eu tenha dito sobre o Alckmin, minhas posições são as mesmas. Mas o momento que o Brasil está vivendo é tão grave, tão devastador e nós precisamos virar a página do bolsonarismo. O Lula é quem tem melhor condição de fazê-lo, por isso eu vou fazer campanha pro Lula e ajudar a elegê-lo presidente do Brasil", declarou. 

"Mas farei campanha para o Lula e para um projeto. Que não é um projeto liberal, centrista, nem de direita, é um projeto de mudanças e combate às desigualdades do país", frisou ainda Boulos. 

Assista à íntegra da entrevista 

Presidente do PSOL: "Não há o que comemorar" 

O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, voltou a deixar claro sua rejeição à participação do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), como vice na chapa encabeçada por Lula (PT) para presidência.

“Não há o que comemorar a presença de Alckmin como vice do Lula”, declarou Juliano Medeiros à Fórum, nesta sexta-feira (8).

Desde que surgiu a possibilidade de o ex-tucano fazer parte da chapa liderada pelo ex-presidente, Juliano se mostrou contrário.

Em janeiro, por exemplo, ele declarou: “Essa unidade (do campo progressista) deve ser representada por uma chapa que expresse o desejo de mudanças e a superação do neoliberalismo. Geraldo Alckmin não representa nenhuma das duas coisas".