MILÍCIA E CORRUPÇÃO

Orlando Silva: Bolsonaro se entrega ao relacionar assassinatos de Adriano e Marielle; veja vídeo

"Bolsonaro se colocou na cena do crime. Eu não relacionei os áudios sobre o assassinato do PM Adriano Nóbrega com a Marielle. O capitão engoliu a chumbada", diz o deputado

Jair Bolsonaro em live.Créditos: Reprodução/Twitter
Escrito en POLÍTICA el

O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) afirmou na manhã desta sexta-feira (8) que Jair Bolsonaro (PL) se "entrega em ato falho" ao relacionar, na live da noite desta quinta-feira (7), os assassinatos do miliciano Adriano da Nóbrega ao da vereadora Marielle Franco.

Na live, Bolsonaro atacou Orlando Silva "que espalhou fake news, olha o tuite dele: 'mafiosos, os áudios da irmã de Adriano da Nóbrega levam o assassinato para dentro do Palácio do Planalto"

Alguém me aponte um motivo que eu poderia ter para matar Marielle Franco. Motivo nenhum, zero, não dá nem para discutir mais. Os áudios dela [da irmã de Adriano], pelo que tomei conhecimento, ela se equivocou: em vez de falar Palácio das Laranjeiras, falou Palácio do Planalto", emendou Bolsonaro.

No entanto, Silva fala do assassinato do ex-capitão do Bope em sua publicação e não da vereadora.

"URGENTE! BOLSONARO SE ENTREGA EM ATO FALHO! O próprio Bolsonaro se colocou na cena do crime. Eu não relacionei os áudios sobre o assassinato do PM Adriano Nóbrega com a Marielle. Mas peixe morre pela boca, né? O capitão engoliu a chumbada", tuitou o deputado comunista.

Viúva diz que Bolsonaro é quem "está fodendo Adriano"

Em novo áudio divulgado pela Folha de S.Paulo nesta sexta, Júlia Lotufo, ex-mulher de Adriano da Nóbrega, afirma que o que está "fodendo" a vida do miliciano é "o presidente", em referência explícita a Jair Bolsonaro - ouça aqui.

"A verdade é a seguinte: o que hoje está fodendo o Adriano é o presidente, mais nada", diz. A amiga emenda: "Só o Bolsonaro" e Júlia responde. "É. Porque se não fosse ele [Bolsonaro] ninguém mais falaria dele [Adriano]".

No telefonema, Julia fala ainda que a ex-esposa de Adriano ganhava R$ 10 mil como funcionária fantasma no Gabinete de Flávio Bolsonaro (PL-RJ), então deputado estadual, no esquema de corrupção comandado por Fabrício Queiroz.