Ao que tudo indica, a aliança eleitoral entre PT e PSD em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país, está muito próxima de se concretizar. A própria presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, usou as redes sociais para demonstrar otimismo quanto a um final feliz.
“Importante conversa hoje com Lula e com o companheiro Reginaldo Lopes, que vai conduzir a construção do palanque Lula-Kalil e coordenar a campanha de Lula e Alckmin no estado. Juntos para vencer em Minas e no Brasil”, tuitou Gleisi.
O deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) também foi ao Twitter para dizer: "Recebi a missão de Lula para coordenar sua campanha e de Geraldo Alckmin em Minas. Continuamos os diálogos com o PSD e nossos aliados no projeto pela retomada da democracia e reconstrução do Brasil, que só é possível com Lula presidente".
O também deputado federal Rogério Correia (PT-MG) respondeu ao comentário de Gleisi já pensando nos próximos passos: "Notícia importante Lula/Kalil para derrotar Bolsonaro e Zema. Agora é definir o acordo programático: empresas públicas e não privatização, defesa do meio ambiente contra mineradoras, valorização serviço público com piso educação e SUS, agricultura familiar, direitos humanos…", tuitou.
O acordo prestes a ser oficializado aponta que o PT apoie a candidatura do ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), ao governo do estado de Minas.
O fator principal que estava travando as negociações seria a candidatura ao Senado. Os dois pretendentes à única vaga, no caso, seriam o deputado federal Reginaldo Lopes (PT) e o senador Alexandre Silveira (PSD), que tentará reeleição.
Conforme Gleisi sinalizou em seu tuite, Lopes será o coordenador da campanha Lula-Alckmin no estado, construindo o palanque Lula-Kalil, o que abriria espaço para o acordo.
Também foi ventilada nos bastidores a possibilidade de uma “candidatura dupla”.
Porém, esse formato de candidatura depende do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Uma consulta sobre a viabilidade já foi apresentada à Corte e tem parecer favorável da Procuradoria-Geral Eleitoral. A decisão será do ministro Ricardo Lewandowski, de acordo com a coluna de Igor Gadelha, no Metrópoles.
No final de semana, Kalil se reuniu com Lula e com o presidente do PSD, Gilberto Kassab, em São Paulo. Kalil teria saído bastante otimista do encontro, de acordo com reportagem de Pedro Augusto Figueiredo, em O Tempo.