ASSASSINATO DE GENIVALDO

Genivaldo, morto na "câmara de gás", foi parado porque estava sem capacete, diz BO

Ele sofria de esquizofrenia e, diante da abordagem, ficou nervoso; agentes, então, o torturaram, alegando "resistência"

A câmara de gás da PRF.Créditos: Reprodução de Vídeo
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Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, morto sufocado nesta quarta-feira (25), dentro de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foi parado na cidade de Umbaúba, em Sergipe, porque estava “sem capacete”.

De acordo com o boletim de ocorrência (BO), a equipe de policiais rodoviários “visualizou uma motocicleta de placa OUP0J89/SE sendo conduzida por um indivíduo sem capacete de segurança, motivo pelo qual procedeu à sua abordagem. Foi dado o comando para que o condutor desembarcasse da moto e levantasse a camisa, como medida de segurança, no entanto a ordem foi desobedecida, levantando o nível de suspeita”.

Servidores que assinam a ocorrência

Os servidores que assinam a ocorrência são Clenilson José dos Santos, Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Adeilton dos Santos Nunes, William de Barros Noia e Kleber Nascimento Freitas. Eles fazem parte do Comando de Operações Especiais da PRF em Sergipe, ainda segundo o documento.

Esquizofrenia

Genivaldo sofria de esquizofrenia há 20 anos e, diante da abordagem, ficou nervoso. Os agentes, então, o torturaram, alegando "resistência", o amarrando e fazendo ele aspirar gás dentro do porta-malas da viatura, com a porta fechada. Ele foi detido e morreu a caminho do hospital. 

Com informações do The Intercept