ELEIÇÕES 2022

Propostas dos movimentos sociais a Lula: conheça o documento aqui

Ex-presidente recebe nesta sexta-feira (27), documento assinado por mais de 60 entidades com sugestões para superação da crise e reconstrução do Brasil

Lula com movimentos populares e sociedade civil em Belo HorizonteCréditos: Ricardo Stuckert
Escrito en POLÍTICA el

O  ex-presidente Lula se encontra com representantes de movimentos populares nesta sexta-feira (27) para receber um documento assinado por mais de 60 entidades com propostas para vencer o bolsonarismo e reconstruir o  Brasil. O encontro está previsto para as 17h em São Paulo e será transmitido pelas redes sociais de Lula.

"É fundamental derrotar Jair Bolsonaro e o bolsonarismo, com suas ideias reacionárias e anti-povo e sua forma de fazer política autoritária, baseada em mentiras e desinformação. É fundamental derrotar o projeto neoliberal e garantir um governo que atenda às demandas populares", diz o texto assinado pelas mais de 60 entidades.

O documento  elenca 10 eixos com propostas propositivos em cada um deles. Leia o documento na íntegra.

A maioria dos tópicos convergem  com temas explorados por  Lula  em sua pré-campanha, principalmente no campo econômico.
Os movimentos, por exemplo, defendem a revogação do teto de gastos e das reformas trabalhista e previdenciária.

Eles também sugerem a retomada da política de valorização do salário mínimo, garantindo a correção frente a inflação para que  seja, de fato, o mínimo necessário para atender as necessidades do cidadão.

De fato, conforme revelado pela Fórum,  um dos marcos das gestões federais de Lula e Dilma foi a política de valorização do salário mínimo. De acordo com o sociólogo Clemente Ganz Lúcio, “desde 2002, a política de valorização garantiu um aumento real de mais de 78%. Com o salário mínimo a R$ 1.212,00, dos quais R$ 533,80 correspondem ao aumento real, o que incrementa anualmente mais de 390 bilhões a massa de rendimentos da economia (sem o aumento real de 78,7% o valor do SM seria de R$ 678,00)”.

Na saúde, os movimentos defendem a ampliação do financiamento público e reverter o modelo de privatização do SUS. 
Na educação, os grupos sociais pedem a destinação correta do novo FUNDEB e a construção do novo Plano Nacional de Educação  com a participação popular. 

Eles também defendem a democratização do acesso ao ensino superior, com ampliação de vagas nas universidades públicas, além de fortalecer as políticas de assistência e permanência estudantil.

Os movimentos sociais propõe a "retomada  das diversas formas de participação social na elaboração, planejamento e controle social das políticas públicas, inclusive econômicas, através dos conselhos, conferências". 

Outro ponto é garantia dos direitos políticos e sociais da população negra, LGBTI, mulheres, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência.

Os grupos defendem a importância da  regulação da mídia e dos meios de comunicação, bem como o fortalecimento das redes públicas de rádio e televisão e o combate de “fake news”,  discursos de ódio e de ataques aos direitos humanos. 

Outro ponto de preocupação é a defesa dos territórios indígenas e das comunidades tradicionais. A retomada da reforma agrária, bom como a democratização  do acesso à terra, são alguns dos pontos defendidos pelos movimentos.

Leia o documento: