INVESTIGAÇÃO

Genivaldo: "Foi um crime bárbaro, atroz", diz senador que comanda diligência em Sergipe

Comissão de Direitos Humanos do Senado aprovou requerimento do senador Humberto Costa para apurar as circunstâncias da morte de Genivaldo de Jesus Santos por asfixia em câmara de gás na viatura da Polícia Rodoviária Federal

Senador Humberto Costa (PT)Créditos: Reprodução / Agência Senado
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A Comissão de Direitos Humanos do Senado aprovou  requerimento n° 25/2022, do senador Humberto Costa (PT-PE), presidente do colegiado, para uma série de diligências em Sergipe. 

Os senadores vão ao estado, nos próximos dias 13 e 14 de junho, para apurar as circunstâncias da abordagem policial como consequência, a morte de Genivaldo de Jesus Santos por asfixia provocada por câmara de gás em viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no último dia 25, em Umbaúba.

As diligências começarão pelas sedes da Polícia Federal (PF), Ministério Público Federal (MPF), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os parlamentares também se reunirão com a família da vítima em Umbaúba.

"Este foi um caso que chocou o país pela crueza, pela violência policial empregada à vista de todos. Nós queremos saber como andam as investigações, como os órgãos fiscalizadores e a PRF estão tratando o tema, que teve repercussão internacional", disse o senador Humberto Costa. 

Costa é autor de um projeto de lei prevendo pensão permanente e provisória à mulher e ao filho menor de Genivaldo, respectivamente, no valor de um salário mínimo. A medida prevê, também, o pagamento de indenização à família no montante de R$ 1 milhão pelo Estado brasileiro.

 "Um trabalhador parado porque conduzia uma moto sem capacete foi morto numa câmara de gás, em claro despreparo de agentes do Estado, enquanto o presidente da República anda todo dia de moto sem capacete por aí, escoltado pela mesma PRF cujos policiais mataram Genivaldo. Foi um crime bárbaro, atroz, que nós exigiremos punicão severa e reparação à família da vítima, que está absolutamente desamparada", protestou.

Até agora, um terço dos senadores já subscreveram o pedido de urgência para votação do projeto do senador petista pelo plenário. São necessários 54 votos favoráveis (dois terços dos senadores).