SEM MEDO DO RIDÍCULO

Fraude, hacker e dinheiro adiantado: Bolsonaro cria história bizarra sobre 2018

Sem medo do ridículo, presidente inventou versão completamente tosca e risível sobre “a fraude” que impediu sua vitória em 1° turno quatro anos atrás. Papelão foi em “congresso conservador” liderado pelo filho Eduardo

Bolsonaro no CPAC.Créditos: Twitter/Reprodução
Escrito en POLÍTICA el

O presidente Jair Bolsonaro ultrapassou todos os limites da criatividade (e talvez da sanidade) no domingo (12) e mostrou que não tem medo do ridículo. Sua nova versão sobre “a fraude” da qual teria sido vítima em 2018, já que ele alega ter vencido a eleição em primeiro turno, agora envolve “hacker, pagamentos adiantados e negócio desfeito” no segundo turno, “o que possibilitou a ele vencer”.

Durante uma participação surpresa no CPAC Brasil, o congresso ultrarreacionário da extrema-direita organizado por seu filho Eduardo Bolsonaro, que é deputado federal e baluarte do movimento de contornos psiquiátricos que se autodenomina conservador, Jair Bolsonaro afirmou que “não tinha provas”, mas que “os indícios eram fortíssimos” de ele havia vencido o último pleito presidencial no primeiro turno.

O chefe do Executivo federal disse ainda que “hackers invadiram o sistema de votação, a serviço de Fernando Haddad, para evitar sua vitória” e que este “serviço” teria sido “pago”. Para completar o delírio, o ocupante do Palácio do Planalto disse para a plateia de extremistas que “só venceu no segundo turno porque Haddad e o PT não quiseram fazer o pagamento adiantado para os hackers”, o que possibilitou sua vitória.

A sessão de ficção durou cerca de uma hora, tempo que Bolsonaro passou falando pelo telão à plateia, num hotel de Campinas (SP), que delirava e aplaudia a cada uma das suas teses sem pé nem cabeça.