ELEIÇÕES 2022

Eduardo Paes articula apoio a Lula no Rio com chapa Santa Cruz e Ceciliano

Lula e Paes devem fazer uma aparição pública nos próximos dias para a formalização do apoio. A ideia original seria organizar um ato, talvez no Parque Madureira.

Eduardo Paes e Lula.Créditos: Ricardo Stuckert
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Escrito en POLÍTICA el

*Do site Agenda do Poder

A reunião entre Eduardo Paes e  Lula, em São Paulo,  na última segunda-feira, 20, sacramentou a decisão do prefeito de apoiar a candidatura do ex-presidente , independentemente da oficialização de um segundo palanque petista no Rio. A aliança formal PT/PSB no estado não impedirá o surgimento de um outro núcleo extraoficial pró-Lula, em torno do qual devem gravitar lulistas e até mesmo petistas insatisfeitos com a candidatura de Marcelo Freixo.

Esta nova e importante base eleitoral de Lula no Rio, sob o comando de Eduardo Paes, vai certamente ampliar a margem de liderança do ex-presidente no estado, agregando apoios além dos tradicionais quadros da esquerda. Será naturalmente um polo aglutinador de todos os simpatizantes do presidenciável petista que não sentem confortáveis ao lado de Freixo. A chapa desta aliança informal, pactuada na reunião, será Lula, presidente; Felipe Santa Cruz, governador e André Ceciliano, senador.

Lula e Paes devem fazer uma aparição pública nos próximos dias para a formalização do apoio. A ideia original seria organizar um ato, talvez no Parque Madureira, no próximo dia 30, quando o líder petista pretende vir ao Rio. Ocorre que Eduardo Paes estará nesta data em Portugal. Uma outra agenda está sendo organizada.

 A estratégia de Eduardo Paes para a reunião com Lula neutralizou a possibilidade de eventuais óbices de setores do PT adeptos do palanque único com Marcelo Freixo, como a presidente Gleisi Hoffmann. O prefeito não fez condicionantes. Disse apenas que desejava declarar o apoio de seu grupo político à candidatura de Lula, tornando-se inevitável a aquiescência do petista.

Assim, ainda que aliança formal se dê pela junção PT/PSB, Lula ganhará de fato um outro palanque no Rio, mais amplo ideologicamente, no qual haverá espaço para todos os democratas que desejam apoiar o ex-presidente e não têm a mesma pretensão em relação a Marcelo Freixo.