O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) relembrou seus tempos de jornalista e fez uma espécie de “reportagem”, nesta quarta-feira (22), em Brasília. Ele gravou um vídeo em frente ao Palácio do Planalto para acompanhar o clima no local, após a prisão do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, e de pastores evangélicos, todos ligados à família de Jair Bolsonaro (PL).
“Prezados companheiros e companheiras. Estou aqui no Palácio do Planalto. A última vez que eu estive aqui foi no dia em que a presidenta Dilma foi afastada. E estou aqui, porque hoje é o início do fim, é o dia que começa, definitivamente, a ruir este governo podre de Jair Bolsonaro", diz Pimenta.
“Um pastor ligado à família, ministro da Educação, foi preso para acabar com esse discurso fajuto que o governo mais corrupto da história do Brasil é um governo que não tem corrupção. Bolsonaro está atolado na lama, vai entrar na história pelo lixo, pela porta dos fundos. Ele é o pântano da política e vai acabar seus dias em Bangu 8”, prossegue o deputado.
Em seguida, Pimenta se dirige à entrada. “Aqui na porta de acesso ao Palácio do Planalto é clima de fim de festa. Não tem ninguém, não tem gente, não tem movimento de agenda. Não só porque ele não trabalha, mas quem é que a essa altura dos acontecimentos vai querer vincular seu nome ao nome do Bolsonaro como chefe da organização. Não tem parlamentares, não tem ninguém. É clima de fim de festa”, descreve Pimenta.
“Hoje é um dia que aqui no Palácio do Planalto muita gente não vai dormir”, afirma o deputado
Em seguida, o deputado muda novamente de posição. “Essas janelas aqui atrás de mim são do gabinete do presidente. Casa Civil e gabinete presidencial. Todas as janelas estão fechadas. Com certeza é pra gente não saber quem está lá dentro. Nem vulto. É reunião a portas fechadas e a cortinas fechadas”, acrescenta.
Na parte final da “reportagem”, Pimenta destaca: “A chapa está esquentando. Hoje é um dia que aqui no Palácio do Planalto muita gente não vai dormir. Afinal de contas, a crise, o esquema da corrupção, bateram na porta do Palácio. Milton Ribeiro é gente de casa, os pastores são gente de casa da família Bolsonaro. Muitos ligados ao Bolsonaro, mais ligados ainda a Micheque. Essa, segundo ela, fala todos os dias com o Milton Ribeiro”, completa.