CPI DO MEC

CPI do MEC não é contra evangélicos, é contra picaretas, diz senador do PT

Senadores apresentaram nesta terça requerimento com as assinaturas necessárias para a instalação da CPI

Créditos: Roque de Sá/Agência Senado
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O senador Jean Paul Prates (PT-RN), líder da Minoria no Senado, defendeu nesta terça-feira (28) a instalação da CPI do MEC, que busca investigar o suposto esquema de corrupção e tráfico de influência que teria sido montado no Ministério da Educação durante a gestão do pastor Milton Ribeiro por um gabinete paralelo de pastores. 

O parlamentar, que participou de coletiva sobre a apresentação das 31 assinaturas recolhidas pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que a CPI não é contra evangélicos e nem eleitoreira

"Não é eleitoral e não é antievangélica. Ao contrário: é antieleitoreira e é pró-evangélicos. Tanto na área da saúde quanto na área da educação, esse governo constituiu gabinetes paralelos", disse o senador.

"Essas pessoas, o que menos importa é elas serem pastores, padres ou o que for. O que importa é que são picaretas. São estelionatários que têm, dentro do governo, seus correspondentes corruptos passivos e aliciadores do orçamento público", completou Jean Paul.

Os senadores apresentaram nesta terça requerimento com as assinaturas necessárias para a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito. Resta a leitura do parecer pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

A criação da CPI do MEC ganhou força após a prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, suspeito de coordenar um esquema na liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). 

Milton Ribeiro: Quais são as acusações e os próximos passos da investigação de corrupção no MEC 

Os pastores Milton Ribeiro, Arilton Moura e Gilmar Santos foram presos preventivamente no dia 22 de junho acusados de cobrar propina para facilitar a liberação de recursos do Ministério da Educação para prefeituras. Eles foram liberados após decisão do TRF-1. O caso corre em segredo de justiça.

Batizada de "Acesso pago", a operação foi autorizada pelo juiz federal Renato Borelli, da 15ª Vara Federal do Distrito Federal. A investigação apura os seguintes crimes: 

- Corrupção passiva (que tem pena prevista de dois a doze anos de prisão); 

-  Tráfico de influência (dois a quatro anos); 

- Prevaricação (três meses a um ano); 

 - Advocacia administrativa (um a três meses).

Confira a lista com os 31 senadores que assinaram pela abertura da CPI do MEC: 

  1. Randolfe Rodrigues (Rede-AP) — autor;
  2. Paulo Paim (PT-RS);
  3. Humberto Costa (PT-PE);
  4. Fabiano Contarato (PT-ES);
  5. Jorge Kajuru (Pode-GO);
  6. Zenaide Maia (Pros-RN);
  7. Paulo Rocha (PT-PA);
  8. Omar Aziz (PSD-AM);
  9. Rogério Carvalho (PT-SE);
  10. Reguffe (União Brasil-DF);
  11. Leila Barros (PDT-DF);
  12. Jean Paul Prates (PT-RN);
  13. Jaques Wagner (PT-BA);
  14. Eliziane Gama (Cidadania-MA);
  15. Mara Gabrilli (PSDB-SP);
  16. Nilda Gondim (MDB-PB);
  17. Veneziano Vital do Rego (MDB-PB);
  18. José Serra (PSDB-SP);
  19. Eduardo Braga (MDB-AM);
  20. Tasso Jereissati (PSDB-CE);
  21. Cid Gomes (PDT-CE);
  22. Alessandro Vieira (PSDB-SE);
  23. Dario Berger (PSDB-SC);
  24. Simone Tebet (MDB-MS);
  25. Soraya Thronicke (União Brasil-MS);
  26. Rafael Tenório (MDB-AL);
  27. Izalci Lucas (PSDB-DF);
  28. Giordano (MDB-SP);
  29. Marcelo Castro (MDB-PI);
  30. Confúcio Moura (MDB-RO);
  31. Jarbas Vasconcelos (MDB-PE).