ELEIÇÕES 2022

Haddad: “Marina Silva é uma personalidade necessária para o Brasil”

Questionado no Roda Viva se Marina estaria cotada para ser sua vice, Haddad deixou no ar: “Ela ainda vai viver um momento de muita importância”

Haddad defendeu pacto de segurança pública.Créditos: Reprodução/Twitter
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Durante sua participação no Roda Viva desta segunda-feira (6), na TV Cultura, o pré-candidato ao governo do estado de São Paulo, Fernando Haddad (PT), foi questionado se Marina Silva (Rede) seria o nome para ser sua vice.

Sou muito amigo da Marina. Fomos ministros juntos. No ministério eu tinha uma equipe de educação ambiental que trabalhava junto com ela”, relatou.

Haddad fez muitos elogios para a ex-colega de ministério. “Marina Silva é uma personalidade necessária para o Brasil. Ela ainda vai viver um momento de muita importância”, destacou, sem entrar em detalhes sobre a escolha de seu vice.

Um dos temas mais debatidos no programa foi segurança pública. O petista lembrou que tem conversado com trabalhadores do setor.

“Vou tratá-los como trabalhadores das polícias militar e civil e minha ideia é criar um pacto com eles. Quero elaborar um plano de metas, que vai associar redução dos crimes e aumento de suas resoluções a valorização da profissão”, adiantou.

Haddad revelou, ainda, que tem planos para a Cracolândia. “Quando fui prefeito criei o Programa Braços Abertos, baseado em três ‘Ts’: teto, tratamento e trabalho. Depois de alguns meses de atuação uma avaliação externa concluiu que dois terços dos usuários tinham reduzido o consumo de crack. Porém, o programa foi estigmatizado e acabou. O resultado é que hoje quadriplicou o número de usuários no local. Ou seja, o negacionismo não é de hoje no Brasil”, acrescentou.

O ex-ministro deixou claro que mesmo sendo governador e não prefeito ele poderá adaptar o programa. “A prefeitura não faz isso sem o estado. Mas o estado pode fazer sozinho, porque comanda as polícias, que auxiliam na execução do projeto”.

“Adesão ao bolsonarismo em 2018 comprometeu o PSDB”, diz 

Haddad dividiu o PSDB em antes e depois de João Doria. O petista lembrou que nos sete anos em que foi Ministro da Educação, sempre teve uma interlocução positiva com os governos tucanos em São Paulo.

“Adesão ao bolsonarismo em 2018 comprometeu o PSDB”, afirmou. “O Eduardo Leite e o João Doria fizeram campanha para o Bolsonaro. O Doria acabou assumindo um comportamento antipopular, que custou caro ao PSDB. Desde 2014, quando o Aécio (Neves) adotou uma postura nada republicana, o que já havia comprometido o partido”.