INDEFERIDO

Fez o “L”: Justiça nega pedido de Holiday e libera cachê de Ludmilla na Virada Cultural

Juiz da 15ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo diz que não está clara menção política e permitiu que artista receba pagamento por show. Vereador “conservador” diz que ato foi de cunho eleitoral

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A Justiça de São Paulo indeferiu o pedido de suspensão de pagamento do cachê de R$ 220 mil à cantora Ludmilla, por seu show na Virada Cultural deste ano, feito pelo vereador paulistano Fernando Holiday (Novo), que alegava que a artista, ao fazer o sinal de “L” com os dedos durante a apresentação, estaria na verdade promovendo apoio eleitoral ao ex-presidente Lula (PT), pré-candidato ao Planalto no pleito nacional de outubro.

O magistrado Kenichi Koyama, responsável pela 15ª Vara da Fazenda Pública da capital, em sua decisão afirmou que não é possível comprovar que o sinal era uma referência política, já que o nome da artista também começa com “L” e que essa marca poderia se perfeitamente usada por ela.

“Na situação, mesmo que não seja ‘L’ de Ludmilla, e que o vermelho estivesse a representar legenda específica, ainda não seria possível acolher a pretensão”, escreveu o juiz.

O show de Ludmilla foi realizado na noite de 29 de maio, no palco montado no bairro da Freguesia do Ó. Durante sua permanência no palco, a intérprete do hit “Cheguei” fez o referido sinal com a mão, o que foi interpretado por muita gente como um apoio a Lula, uma vez que ela não esconde de ninguém sua preferência política nas eleições deste ano.