O comando da campanha quer blindar o presidente Jair Bolsonaro (PL) do que eles chamam de as “más influências do zap”, ou seja, reduzir a influência de aliados mais radicais sobre ele. Trata-se de uma ala de bolsonaristas que se comunica por meio do aplicativo WhatsApp, torpedeando o presidente com mensagens desde a madrugada. Por vezes, segundo membros da campanha, esse material pauta declarações de Bolsonaro.
Esses radicais, de acordo com o núcleo político da campanha, estimulam Bolsonaro a centrar fogo em temas que, de acordo com pesquisas internas, não lhe rendem votos, como ataques às urnas eletrônicas e aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), por exemplo.
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Neutralizar as más influências
A intenção da campanha, daqui pra frente, é tentar neutralizar os efeitos da má influência. Para tal, eles pretendem se reunir logo cedo com Bolsonaro no Palácio da Alvorada para repassar as estratégias, análises de cenários e propostas de discursos. Há um receio de que falas ácidas de Bolsonaro desencadeiem crises e ruídos durante o período eleitoral.
O Globo informa que as novas diretrizes foram tomadas em uma reunião ocorrida nesta terça-feira (13), na casa alugada para ser o comitê da campanha em Brasília, com a participação do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), coordenador do grupo, dos ministros Ciro Nogueira (Casa Civil) e Fábio Faria (Comunicações), além do general Braga Netto. Também estiverem presentes o empresário Fabio Wajngarten, coordenador de comunicação da campanha, o marqueteiro Duda Lima e o publicitário Sérgio Lima, assim como o ex-ministro do Turismo Gilson Machado.
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Resta saber agora se Bolsonaro vai “obedecer” às orientações do grupo.
Com informações do Globo