ELEIÇÕES 2022

Doria: invasão do Capitólio será jardim da infância perto do que pode ocorrer no Brasil

Ex-governador ainda chamou Bolsonaro de desequilibrado e disse que a possibilidade de sua reeleição é cada vez mais ínfima

Doria em entrevista ao UOL.Créditos: Reprodução de Vídeo
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O ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou durante entrevista ao UOL na manhã desta quinta-feira (14), que a invasão do Capitólio, nos EUA, em janeiro de 2021, será jardim da infância perto do que pode ocorrer no Brasil diante da eminente derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL), que ele chamou de “desequilibrado”.

“Diante das circunstâncias e considerando a mente doentia do presidente da República Jair Bolsonaro, que não aceita a derrota – aliás, ele já disse isso publicamente, que não vai aceitar a derrota, seu espelho é Donald Trump –, aquilo que nós vimos lamentavelmente na maior economia do mundo, a invasão do Capitólio, agressões e mortes dentro da casa do Parlamento americano, poderá ser um jardim da infância daquilo que podemos ver aqui no Brasil diante de um quadro de acirramento que, lamentavelmente, foi iniciado com esse triste episódio em Foz do Iguaçu”, afirmou.

Chances de reeleição

Doria lembrou ainda que “as chances de reeleição de Bolsonaro cada vez são mais ínfimas, felizmente pra todos nós, a cada semana que passa fica mais remota a possibilidade de reeleição”.

“Por isso que eu fiz a observação de que o clima de tensão e confrontamento que o Brasil pode ter nas próximas semanas deverá se acentuar e ter no Sete de Setembro, que deveria ser uma data de celebração dos 200 anos da Independência, uma data festiva – a meu ver e espero estar errado –, será um triste marco na história política e institucional do Basil”, alertou.

“Voto nulo, mas Bolsonaro é mais danoso que Lula”

Apesar de afirmar que vota nulo em um hipotético segundo turno entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o atual presidente, Doria reconhece que Bolsonaro é muito mais danoso do que Lula.

“Bolsonaro é muito mais danoso. Bolsonaro além de tudo é um doente, uma pessoa incapacitada. E uma pessoa doente não tem controle sobre nada. Nem sobre os seus acertos e muito menos sobre os seus erros. Não é o caso do ex-presidente Lula”, encerrou.

Veja a entrevista completa abaixo: