ELEIÇÕES 2022

Alessandro Molon diz que sua candidatura ao Senado "é irrevogável"

Por conta da decisão do PSB de manter a candidatura de Molon, a convenção do PT orientou a não homologar apoio a Marcelo Freixo

Alessandro Molon diz que sua candidatura ao Senado "é irrevogável".
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Na noite desta quarta-feira (20) a Convenção Estadual do PSB-RJ homologou a candidatura de Marcelo Freixo ao governo estadual e a de Alessandro Molon ao Senado. Tal decisão pode fazer com que a aliança entre PT e PSB no RJ venha abaixo, pois, segundo dirigentes petistas o combinado era que a vaga do Senado ficaria com o PT. 

Diante de tal atitude do PSB-RJ, A convenção nacional do PT deliberou, agora há pouco, resolução orientando o PT do Rio de Janeiro a não realizar a convenção prevista para homologação da aliança com Marcelo Freixo até decisão da Executiva Nacional sobre o assunto, o que deve acontecer na próxima semana.

A medida decorre de solicitação do vice-presidente nacional do partido Washington Quaquá para que a direção nacional petista reveja o apoio declarado ao candidato do PSB no Rio em razão do rompimento do acordo nacional, segundo o qual o PSB indicaria o candidato ao Governo e o PT, o nome ao Senado. Nesta quarta-feira, o PSB rompeu o entendimento e lançou candidatos para os dois cargos: Freixo para o Governo; Alessandro Molon para o Senado.

No entanto, o deputado federal Alessandro Molon (PSB) usou as redes sociais para afirmar que a sua candidatura ao Senado "é irrevogável". 

"A Convenção Estadual do PSB-RJ aprovou, por unanimidade e em caráter definitivo e irrevogável, a minha indicação para concorrer ao Senado no Rio de Janeiro. Não tem volta: vamos até o fim na luta pelo nosso estado no Senado!", escreveu Molon. 

 

Wadih Damous critica PSB e afirma que Lula "não pode ser prejudicado por personalismo"

 

Na composição da aliança, o PSB excluiu o PT de todas as posições na chapa. O vice foi ofertado ao PSDB, que deve indicar o ex-prefeito Cesar Maia. Na formatação da coligação, costurada por Marcelo Freixo e a direção do PSB, cabe ao PT fluminense apenas apoiá-lo.

A convenção nacional do PT deliberou, na manhã desta quinta-feira (21), resolução orientando o PT do Rio de Janeiro a não realizar a convenção prevista para homologação da aliança com Marcelo Freixo até decisão da Executiva Nacional sobre o assunto, o que deve acontecer na próxima semana.

Diante da repercussão da decisão do PT, alguns dirigentes do Partido dos Trabalhadores foram às redes para ressaltar que o apoio de Lula a Marcelo Freixo, candidato do PSB ao governo estadual do RJ, está mantido, mas a aliança corre risco caso a candidatura de Molon ao Senado seja mantida. 

O ex-deputado federal e dirigente do PT-RJ Wadih Damous declarou que o PSB "descumpriu acordo celebrado com o PT". 

"O PSB ao homologar a candidatura de Molon ao Senado descumpriu o acordo celebrado com o PT. Isso se chama falta de respeito. Na política, descumprimento de acordo sempre gera consequências. O PT vai ter de reavaliar o quadro eleitoral no Rio", escreveu Damous. 

Para Damous, "a candidatura de Lula não pode ser prejudicada por projetos personalistas irresponsáveis que não levam em conta a desgraça do Brasil e do Rio de Janeiro".